Unindo esforços pela gestão sustentável das águas, promovendo a integração e a cooperação entre comitês de bacias hidrográficas para garantir um futuro com recursos hídricos preservados para todos.
Blog
Link da galeria de fotos: https://drive.google.com/drive/folders/1-J8-FPGoXgkierdq3f0BO_iE1I9VLL1x?usp=sharing
Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 26 de agosto, o edital com a convocação para a segunda etapa do concurso público da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que é o curso de formação. O documento que convoca os(as) candidatos(as) para o cargo de especialista em regulação de recursos hídricos e saneamento básico também foi disponibilizado no site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (CEBRASPE) na última sexta-feira, 23 de agosto.
O curso de formação terá 160 horas de carga com atividades que poderão acontecer nos turnos diurno e noturno – inclusive aos sábados, domingos e feriados – com aulas em sala e podendo incluir atividades em campo. Entre 23 de setembro e 18 de outubro, o curso acontecerá na sede da ANA, na capital federal, e terá caráter eliminatório e classificatório. As matrículas deverão ser realizadas exclusivamente pelo site http://www.cebraspe.org.br/concursos/ana_24 entre as 10h de 26 de agosto e as 23h de 28 de agosto, considerando o horário oficial de Brasília.
Durante o curso de formação os(as) candidatos(as) deverão fazer uma prova objetiva com 80 itens sobre todos os conteúdos abordados no treinamento, sendo que a avaliação será aplicada na sede da ANA. Em caso de nota final inferior a 70% do total da prova, o(a) candidato(a) será eliminado(a), assim como no caso de frequência inferior a 75% da carga horária de atividades.
Além disso, os(as) candidatos(as) farão jus a auxílio financeiro durante o curso de formação, sendo que é possível optar por receber vencimento e vantagens do cargo efetivo já ocupado no caso de servidores(as) da Administração Pública Federal. Segundo o Edital nº 9, de 23 de agosto de 2024, é vedado a quem é servidor público estadual ou municipal o acúmulo de vencimentos e de vantagens de seu cargo efetivo com o auxílio financeiro relativo ao curso.
O concurso público da ANA inclui as seguintes etapas: provas objetivas, provas discursivas e avaliação de títulos, além de um curso de formação em Brasília. Todas as vagas são destinadas para lotação na capital do País e essa fase do processo seletivo determina os candidatos que seguem para o curso de formação.
O concurso da Agência contempla 40 vagas distribuídas em três especialidades distintas: uma mais voltada a conhecimentos econômicos; outra para Engenharia, Hidrologia e Hidráulica; e a terceira para gestão de recursos hídricos. A Especialidade 1 recebeu 2.400 inscrições para 15 vagas, totalizando uma concorrência 160 por vaga. Já a Especialidade 2 teve 3.808 concorrentes para 15 vagas, o que representa quase 254 candidatos(as) por vaga. No caso da Especialidade 3, foram 5.868 pessoas em busca das dez vagas, totalizando cerca de 587 por vaga. Das 12.076 inscrições recebidas, 277 foram de pessoas com deficiência e 2.229 foram para cotas.
Os(as) aprovados(as) atuarão na elaboração de normas regulatórias, implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e outras tarefas, conforme o Edital nº 1, de 12 de janeiro de 2024. O último concurso para nível superior da ANA foi em 2008 e em 2012 ocorreu um certame para técnicos administrativos de nível médio.
Para detalhes sobre o concurso da ANA, consulte a página do CEBRASPE: https://www.cebraspe.org.br/concursos/ana_24.
A ANA
Criada em 2000 por meio da Lei nº 9.984, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico vem desempenhando, desde então, o papel de reguladora das águas de domínio da União (interestaduais, transfronteiriças e reservatórios federais). Assim, os diversos usos de recursos hídricos (abastecimento humano e animal, indústria, irrigação agrícola, geração de energia, navegação, pesca, aquicultura e mineração) têm sido objeto da regulação da ANA, por meio do instrumento de outorga para captação e consumo de água, além de diluição de efluentes aos usuários dos diversos setores.
Com o novo marco legal do saneamento básico, Lei nº 14.026/2020, a ANA recebeu a atribuição regulatória de editar normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico no Brasil, que incluem: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, além de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM) Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) (61) 2109-5129/5495/5103
O Brasil é reconhecido internacionalmente como o país com a maior disponibilidade hídrica do mundo por ter 12% da água doce do planeta. Por outro lado, o território brasileiro tem passado por seca em todos os meses desde julho de 2014, quando teve início o acompanhamento do fenômeno pelo Programa Monitor de Secas, trabalho coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e que conta com uma rede de instituições federais, estaduais e distritais. Para avaliar o que já foi feito pelo Monitor e discutir o futuro dessa iniciativa realizada a várias mãos, a ANA e a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) realizam evento nos dias 21 e 22 de agosto, quarta e quinta-feira, no Hotel Oasis Atlântico, em Fortaleza (CE), com a presença de especialistas nacionais e estrangeiros sobre a temática.
A programação do Encontro 10 Anos do Monitor de Secas será aberta às 8h30 de 21 de agosto com as participações da diretora-presidente da ANA, Veronica Sánchez da Cruz Rios; do secretário nacional de Segurança Hídrica do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Giuseppe Vieira; do secretário de Acompanhamento e Gestão de Assuntos Estratégicos do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o contra-almirante Francisco André Barros Conde; do secretário interino de Recursos Hídricos do Ceará, Ramón Rodrigues, representando o governador cearense, Elmano de Freitas; do secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte, Paulo Varella, representando a governadora potiguar, Fátima Bezerra; do presidente da FUNCEME, Eduardo Martins; do presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara; da diretora do Instituto Nacional do Semiárido, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Mônica Cavalcanti; e do gerente de Meio Ambiente, Recursos Naturais e Economia Azul para a América Latina do Banco Mundial, Erwin de Nys. Também haverá painéis com especialistas brasileiros e do Equador, Estados Unidos, México e Uruguai.
Tanto os gráficos quanto os dados do Monitor estão disponíveis no site monitordesecas.ana.gov.br e trazem informações sobre o cenário nacional em termos de seca. Ao acessar os dados tabulares dos últimos dez anos, é possível perceber que o fenômeno da seca, ao contrário do imaginário popular, esteve presente nesse período em todas as regiões do Brasil e não focado apenas em uma região específica. Um exemplo disso ocorreu no primeiro semestre de 2023, quando o Monitor refletiu a forte seca que atingia o Sul – que teve registro de seca excepcional, a mais intensa na escala do Monitor – enquanto no mesmo período o Nordeste, conhecido nacionalmente por ser uma região com pouca chuva, apresentou apenas seca fraca.
O Monitor de Secas realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo se iniciou pela região Nordeste, em 2014, e se expandiu para o restante do País a partir de 2018, sendo concluído em dezembro de 2023 com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor.
Como seu principal produto, o Programa constrói mensalmente o Mapa do Monitor de Secas a partir da colaboração de representantes de todas as unidades da Federação e de uma rede de mais de 60 instituições parceiras estaduais e federais que assumem diferentes papéis na sua rotina de elaboração. O Mapa pode ser acessado tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor de Secas vem sendo utilizado para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de prevenção e minimização dos impactos da seca em todo o País, integrando o conhecimento técnico e científico já existente em diferentes instituições estaduais e federais para alcançar um entendimento comum sobre as condições de seca, como: sua intensidade, evolução espacial e temporal, além dos impactos sobre os diferentes setores impactados pelo fenômeno.
Histórico do Monitor de Secas
Em 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades, por meio da cooperação entre o então Ministério da Integração Nacional (que também envolveu a ANA), a FUNCEME e o Banco Mundial, com enfoque na região Nordeste, onde tradicionalmente as secas são mais severas e recorrentes. Desde o início de 2017, a ANA vem atuando como a instituição central de coordenação e articulação dos atores envolvidos, tendo a FUNCEME como instituição de apoio na operacionalização mensal do Monitor de Secas.
A partir de 2018, iniciou-se a etapa de expansão da área de abrangência do Programa, levando a metodologia a outras regiões, sendo que esse processo teve início por Minas Gerais. A última região abrangida pelo Monitor foi a Norte, a qual tem vivenciado condições de seca, com impactos sentidos na navegação (de pessoas e suprimentos), abastecimento público de água, geração hidrelétrica, entre outros. Tal cenário facilitou o entendimento da necessidade de se ter um acompanhamento contínuo do fenômeno do Norte, região conhecida pela umidade proporcionada pela Amazônia e seus grandes rios, como o Amazonas e afluentes.
Por meio de Termo de Execução Descentralizada (TED) entre a ANA e a Universidade Federal do Ceará (UFC), com o apoio da FUNCEME, é realizada a gestão do Monitor de Secas. Nesse contexto, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos atua na operacionalização mensal do Programa, que também exerce o papel de autoria do Mapa no Bloco Regional do Nordeste.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa – onde as categorias do fenômeno em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM) Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) (61) 2109-5129/5495/5103
O diretor da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) Filipe Sampaio compôs a mesa de abertura da Oficina de Planejamento do Polo de Agricultura Irrigada da Região Sudoeste do Tocantins, realizada na terça-feira, 9 de julho, em Lagoa da Confusão (TO). Promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH), do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), o evento buscou reunir atores do setor privado e público para promover a agricultura irrigada e o desenvolvimento regional no Estado do Tocantins.
O diretor da ANA destacou a importância da irrigação para o País, sobretudo para os produtores rurais. “A irrigação desempenha um papel crucial na agricultura brasileira, representando 50,5% dos usos consuntivos da água no país, o que reforça a relevância desse setor para a segurança alimentar, desenvolvimento regional e a economia nacional”, afirmou.
Além disse, Filipe Sampaio ressaltou o papel da ANA através da outorga na construção de esforços para a implementação dos polos de agricultura irrigada nas regiões brasileiras. “A outorga serve para garantir a sustentabilidade hídrica na bacia hidrográfica e o acesso à água de maneira racional e equânime a todos os interessados. Em 2023, a ANA emitiu mais de 3500 atos de outorga, o que representa aproximadamente 70 outorgas por semana”, informou.
A Oficina faz parte de um conjunto de iniciativas que visam a atingir os objetivos da Política Nacional de Irrigação, prevista na Lei nº 12.787/13. Neste sentido, a Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH) desenvolveu a iniciativa de implementação de Polos da Agricultura Irrigada, por meio da integração econômica, política e social dos aglomerados produtivos, de modo que essa ação possa contribuir com o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras.
Além do diretor da ANA, participaram do encontro, a diretora do Departamento de Irrigação, Larissa Rego; o secretário de Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional, Thiago Benfica; o presidente do Naturatins, Renato Jaime; o procurador da Procuradoria-Geral do Estado de Tocantins, Márcio Câmara; o juiz da Comarca de Cristalândia, Wellington Magalhães; o presidente da Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest), Wagno Milhomem; e o reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Luís Eduardo Bovolato.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) (61) 2109-5129/5495/5103
Foram prorrogadas até esta quarta-feira, 26 de junho, as inscrições para o 1º Encontro Nacional de Entidades Reguladoras Infranacionais (ERIs) do setor de saneamento básico. Esse evento é promovido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e as inscrições para ele devem ser realizadas por meio de formulário eletrônico.
De 3 a 4 de julho, a ANA realizará o evento no Auditório da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Brasília. O objetivo é discutir os principais desafios para a implementação das normas de referência (NR) publicadas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico e promover a troca de experiências entre as entidades reguladoras infranacionais – que têm atuação municipal, intermunicipal, estadual ou distrital.
A abertura do evento está agendada para as 9h do dia 3 de julho e contará com apresentações e debates focados na implementação das Normas de Referência e nos desafios enfrentados pelas entidades reguladoras. O encontro propõe a apresentação das normas que serão publicadas ao longo de 2024, explicando as diretrizes entre os(as) participantes.
No decorrer do evento, haverá debates sobre estratégias para a efetiva aplicação das normas de referência. A programação inclui, ainda, apresentações técnicas para que as entidades reguladoras possam compartilhar soluções para os desafios recorrentes no setor de saneamento básico.
A ANA, com novas atribuições concedidas pelo novo marco legal do saneamento básico, a Lei nº 14.026/2020, é responsável por editar normas que regulam o setor de saneamento. Desde então, foram publicadas oito normas e a Agenda Regulatória da ANA para 2024 prevê a publicação de quatro novas normas.
A efetividade dessas regras depende da articulação e compreensão das ERIs, que são responsáveis pela fiscalização e regulação dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana. O Brasil possui 95 entidades reguladoras infranacionais de serviços de saneamento com atuação municipal, intermunicipal, distrital ou estadual identificadas pela ANA. Essas instituições regulam isolada ou conjuntamente os serviços de saneamento básico.
Texto da estagiária Cássia Trindade com supervisão de Raylton Alves
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM) Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) (61) 2109-5129/5495/5103
Áreas com seca aumentaram em 12 unidades da Federação e diminuíram em quatro estados. Em 11 unidades da Federação, o fenômeno se manteve estável. Seca deixou se ser registrada em Alagoas e Sergipe, enquanto Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina se mantiveram livres do fenômeno.
Compartilhe: Compartilhe por Facebook Compartilhe por Twitter Compartilhe por LinkedIn Compartilhe por WhatsApplink para Copiar para área de transferência
Publicado em 26/06/2024 10h40 Atualizado em 26/06/2024 11h22
Mapas de abril e maio de 2024
Seca por grau de severidade por unidade da Federação
Percentual de seca por região entre abril e maio de 2024
Percentual de seca por unidade da Federação entre abril e maio de 2024
Percentual de seca por unidade da Federação entre abril e maio de 2024
Área com seca por UF em maio de 2024 por km²
Entre abril e maio, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em quatro unidades da Federação, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Amazonas, Mato Grosso, Pará e Roraima. Já em outros três estados a seca se intensificou nesse período: Acre, Minas Gerais e São Paulo. Em termos de severidade, a seca ficou estável em 14 unidades da Federação: Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins. Os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina seguiram sem registrar o fenômeno, que deixou de ser verificado tanto em Alagoas quanto em Sergipe.
Mapas de abril e maio de 2024
Seca por grau de severidade por unidade da Federação
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sul registrou a melhor condição com o Rio Grande do Sul e Santa Catarina livres de seca em maio. O Norte teve a maior intensidade do fenômeno com o registro de seca extrema em 2% da região e de seca grave em 15% de seu território. Entre abril e maio, houve um abrandamento do fenômeno no Centro-Oeste e Norte. Por outro lado, a seca se intensificou no Sudeste e se manteve com severidade estável no Nordeste e Sul. Considerando a extensão da área com seca, o Centro-Oeste liderou esse quesito com a presença do fenômeno em 86% da região em maio, enquanto o Sul teve o menor percentual: 20%.
Percentual de seca por região entre abril e maio de 2024
Na comparação entre abril e maio, 12 unidades da Federação registraram o aumento da área com seca: Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Tanto no Amapá quanto no Pará houve uma diminuição da extensão da seca, que deixou de ser registrada em Alagoas e Sergipe. Em outras sete unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Roraima e Tocantins. Já a Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina seguiram livres de seca em maio.
Percentual de seca por unidade da Federação entre abril e maio de 2024
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Quatro unidades da Federação registraram seca em 100% do território em maio deste ano: Acre, Amazonas, Distrito Federal e Roraima. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 11% a 98%.
Percentual de seca por unidade da Federação entre abril e maio de 2024
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de maio, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. No total, entre abril e maio, a área com o fenômeno aumentou de 5,68 milhões para 5,83 milhões de km², o equivalente a 68% do território brasileiro.
Área com seca por UF em maio de 2024 por km²
https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/noticias-e-eventos/noticias/seca-se-abranda-no-centro-oeste-e-norte-intensidade-do-fenomeno-aumenta-no-sudeste-e-se-mantem-estavel-no-nordeste-e-sul-segundo-monitor-de-secas
A homologação das inscrições para o Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua) foi publicada nesta segunda-feira, 24 de junho e pode ser acessada em: https://www.feis.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/profagua/processosseletivos/resultado-da-homologacao-das-inscricoes.pdf. O processo seletivooferece um total de 507 vagas em universidades públicas distribuídas por 22 estados e o Distrito Federal.
Após a homologação, os candidatos poderão interpor recursos até 5 de julho, data em que será divulgado o resultado das inscrições. A prova de conhecimentos específicos, de caráter eliminatório, está agendada para 7 de julho. O processo seletivo segue com mais duas fases classificatórias: a análise de projetos de pesquisa e a prova de títulos.
O edital, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 22 de abril, contempla 158 vagas para ações afirmativas, abrangendo quilombolas, indígenas, pessoas com deficiência e negros, além de 349 vagas para ampla concorrência. As inscrições se encerraram em 9 de junho.
Os aprovados deverão efetuar suas matrículas entre 6 e 9 de agosto, com início das aulas previsto para 12 de agosto. Para mais detalhes sobre o programa e o processo seletivo, os interessados podem acessar o site ou entrar em contato através do e-mail: Este endereço de e-mail está sendo protegido de spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
ProfÁgua
O mestrado, com duração de 24 meses e formato presencial, utiliza também tecnologias de educação a distância (EaD). O objetivo é oferecer uma formação teórica e prática para profissionais e pesquisadores da área de recursos hídricos, capacitando-os para lidar com os desafios da gestão e regulação das águas no Brasil.
O intuito do curso é qualificar os(as) alunos(as) para lidar com os desafios mais complexos da gestão e da regulação das águas no Brasil. Nesse sentido, as dissertações do mestrado sempre têm um caráter de conhecimento aplicado, o que efetivamente contribui para o aprimoramento da gestão de recursos hídricos no País.
Criado e fomentado pela ANA em 2015, o ProfÁgua já recebeu cerca de R$ 7,3 milhões em investimentos para o seu funcionamento, através do repasse de recursos para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que avaliou o mestrado com a nota 4 – a maior para novos cursos. Já existem mais de 500 profissionais com mestrado pelo ProfÁgua e há outros cerca de 500 mestrandos com seus projetos de pesquisa em andamento.
Atualmente há 23 universidades associadas, que oferecem o ProfÁgua. São elas: Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Roraima (UFRR), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Federal do Tocantins (UFT), Universidade de Brasília (UnB), Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade do Estado do Amazonas (UEAM), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Texto da estagiária Luíza Valadares com supervisão de Raylton Alves
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)(61) 2109-5129/5495/5103
https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/noticias-e-eventos/noticias/homologacao-das-inscricoes-do-profagua-e-divulgada-e-candidatos-poderao-apresentar-recursos-ate-5-de-julho
Que você se lembre todos os dias de como sua presença e amor é fundamental pra nossa vida.
Vagas são oferecidas por universidades públicas para ampla concorrência e para candidatos(as) autodeclarados(as) quilombolas, indígenas, com deficiência (PCD) e negros(as).
O Diário Oficial do Estado de São Paulo divulgou nesta segunda-feira, 22 de abril, o Edital nº 002/2024, com a abertura do processo seletivo para o Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua) em 2024. Estão disponíveis 158 vagas para ações afirmativas (quilombolas, indígenas, pessoas com deficiência e negros) e 349 vagas para ampla concorrência, totalizando 507 oportunidades, distribuídas nas 23 universidades públicas da Rede ProfÁgua, em todo o território nacional.
As inscrições estarão abertas até 19 de maio, através do site do ProfÁgua. A seleção dos(as) candidatos(as) será feita por meio de prova de conhecimentos específicos presencial, de caráter eliminatório, em 30 de junho. Além disso, o processo seletivo possui outras duas fases, ambas classificatórias, sendo uma proposta de projeto de pesquisa e uma prova de títulos.
A homologação das inscrições acontecerá em 14 de junho e o resultado com a lista de classificados será divulgada em 29 de julho. Entre 1º e 8 de agosto, os aprovados poderão se matricular, já que as aulas começam em 12 de agosto. Para mais detalhes, acesse www.feis.unesp.br/#!/profagua ou entre em contato pelo e-mail Este endereço de e-mail está sendo protegido de spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo..
O Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos tem 24 meses de duração e é realizado em formato presencial, com utilização de tecnologias de educação a distância (EaD). O ProfÁgua busca proporcionar uma formação teórica e prática aos profissionais e pesquisadores da área de recursos hídricos. O intuito do curso é qualificar os(as) alunos(as) para lidar com os desafios mais complexos da gestão e da regulação das águas no Brasil. Nesse sentido, as dissertações do mestrado sempre têm um caráter de conhecimento aplicado, o que efetivamente contribui para o aprimoramento da gestão de recursos hídricos.
Criado e fomentado pela ANA em 2015, o ProfÁgua já recebeu cerca de R$ 7,3 milhões em investimentos para o seu funcionamento, através do repasse de recursos para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que avaliou o mestrado com a nota 4 – a maior para novos cursos. Já existem mais de 500 profissionais com mestrado pelo ProfÁgua e há outros 500 mestrandos com seus projetos de pesquisa em andamento.
Atualmente há 23 universidades associadas, que oferecem o ProfÁgua. São elas: Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Roraima (UFRR), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Federal do Tocantins (UFT), Universidade de Brasília (UNB), Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade do Estado do Amazonas (UEAM), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Texto da estagiária Luíza Valadares com supervisão de Raylton Alves
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)Agência Nacional de Águas e
Nos dias 18 e 19 de março, a Coordenação do Fórum Nacional de Comitês de Bacias
Hidrográficas Brasil – FNCBH, realizou a 2ª Reunião Ordinária do Colegiado Coordenador do FNCBH, na cidade de Florianópolis em Santa Catarina. Durante a reunião, representantes de 18 Estados estavam presentes.
Dentre as pautas, estavam: a apresentação do Estado da Arte do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de Santa Catarina; apresentação do ENCOB 2025 e a elaboração de documento de apoio aos Comitês de Bacias do Brasil para apresentar na COP 30, além da apreciação e aprovação da ATA da 1ª Reunião Ordinária do Colegiado Coordenador do FNCBH, que aconteceu no mês de janeiro em Belo Horizonte .
O Coordenador Geral do Fórum Nacional, Maurício Marques Scalon, destacou que durante a reunião, foi apresentado os primeiros relatórios das atividades dos Grupos de Trabalhos e Comissões Temáticas, que são fundamentais suscitar a discussão de maneira permanente dentro do Fórum Nacional.
Os Grupos de Trabalhos e Comissões Temáticas, foram criados durante a 1º Reunião do Coordenador Colegiado, que aconteceu em janeiro deste ano em Belo Horizonte. Portanto, hoje o Fórum Nacional conta com as Comissões Temáticas de: Águas Subterrâneas; Mudanças climáticas; Governança das Águas e a Comissão de Inclusão de Minorias de Gênero, dentro da discussão da política de recurso hídrico. Já os Grupos de Trabalho são: Comunicação; Revisão do Regimento Interno e de Governança.
“Percebemos que havia uma lacuna muito grande a ser preenchida nessas discussões, e o retorno que estamos tendo do processo, como um todo, dessas reuniões é muito positivo. Estamos satisfeitos, estamos imbuídos de conduzir esse processo com a participação de toda a plenária, porque na composição desses Grupos de Trabalho e dessas Comissões Temáticas, estão incluídos a grande maioria das pessoas que participam do colegiado do Fórum Nacional de Comitês.”, destaca Maurício.
Avaliação Positiva
Segundo avaliação dos participantes, a 2ª Reunião do Colegiado Coordenador do Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas Brasil – FNCBH, foi de altíssima qualidade, uma reunião extremamente qualificada, com pessoas de altíssimo nível e de representação. Outro ponto citado pelos participantes, foi a condução da Coordenação com o evento, com dinâmicas e atividades que deixou o evento de altíssima qualidade.
O prazo para envio dos resultados da avaliação da comprovação da capacidade econômico-financeira dos prestadores dos serviços de abastecimento de água e/ou esgotamento sanitário pelas entidades reguladoras municipais, intermunicipais e estaduais de saneamento básico está aberto até as 23h59 de 1º de abril, uma segunda-feira. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) receberá a cópia do processo de avaliação da comprovação da capacidade econômico-financeira por meio do Sistema de Acompanhamento da Regulação do Saneamento Básico (SASB), disponível no site da Agência. O Aviso de Abertura de Prazo nº 1/2024, que trata do envio dos documentos, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) em 26 de fevereiro.
A metodologia para comprovação da capacidade econômico-financeira por parte dos prestadores é definida no Decreto nº 11.598/2023, que regulamenta a obrigação prevista pela Lei nº 11.445/2007, na qual constam as diretrizes nacionais para o saneamento básico. A capacidade econômico-financeira é analisada pelas entidades reguladoras e considera os recursos próprios ou por contração de dívida que as prestadoras dos serviços de água e esgoto apresentaram para cumprirem as metas de universalização do abastecimento, conforme o novo marco legal do saneamento, que é de atendimento de 99% dos brasileiros com abastecimento de água e 90% da população com esgotamento sanitário até 31 de dezembro de 2033.
A ANA recebeu, em dezembro de 2023, a cópia da documentação de comprovação da capacidade econômico-financeira que os prestadores de serviços de água e/ou esgotos apresentaram previamente às suas entidades reguladoras. O detalhamento sobre o envio dessas cópias consta da Resolução ANA nº 169/2023 e do site da ANA em Recebimento de Documentação, conforme o § 2º, art. 10, do Decreto nº 11.598/2023.
ANA e o marco legal do saneamento básico
Com o novo marco legal do saneamento básico, Lei nº 14.026/2020, a ANA recebeu a atribuição regulatória de editar normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico no Brasil, que incluem: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, além de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.
A mudança busca uniformizar as normas do setor para atrair mais investimentos para o saneamento, melhorar a prestação e levar à universalização desses serviços até 2033. Para saber mais sobre a competência da ANA na edição de normas de referência para regulação do saneamento, acesse a página https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/saneamento-basico. Com o novo marco legal do saneamento básico, Lei nº 14.026/2020, a ANA recebeu a atribuição regulatória de editar normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico no Brasil, que incluem: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, além de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.
A mudança busca uniformizar as normas do setor para atrair mais investimentos para o saneamento, melhorar a prestação e levar à universalização desses serviços até 2033. Para saber mais sobre a competência da ANA na edição de normas de referência para regulação do saneamento, acesse a página https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/saneamento-basico.
Fonte: Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
Câmara Técnica fez a primeira reunião do ano nesta quarta (13), em Brasília
A Câmara Técnica de Comunidades Tradicionais (CTCT), do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), vai propor à Diretoria do Comitê a realização de capacitações voltadas às populações tradicionais da região de influência do Velho Chico. As atividades deverão focar no desenvolvimento socioeconômico sustentável das comunidades nas quatro regiões fisiográficas da Bacia, de acordo com a proposta, em cooperação com instituições de ensino superior. A sugestão foi apresentada durante a primeira reunião do grupo deste ano, realizada nesta quarta-feira (13), em Brasília.
Segundo o coordenador da Câmara Técnica, Uilton Tuxá, os conteúdos das primeiras ações de capacitação serão definidos após consultas dos integrantes da CTCT junto às comunidades tradicionais. “Identificamos que é possível trabalhar esse processo de formação dos povos e comunidades tradicionais no âmbito de toda a Bacia, aproveitando as instituições que estão presentes, como as universidades, inclusive como forma de não onerar tanto o custo para o próprio Comitê”, afirmou.
Os membros da CTCT ressaltaram a importância de as ações estarem relacionadas com a recuperação de áreas degradadas, a preservação ambiental e a produção sustentável. A integrante da Câmara Angela Damasceno, indicada pela Colônia de Pescadores Z-12, lembrou que o Plano de Educação Ambiental da Bacia do Rio São Francisco, lançado recentemente pelo CBHSF, prevê atividades de formação continuada na Bacia. “Se o próprio Comitê tem um Plano que prevê a extensão e o braço na Agroecologia, a gente tem a fundamentação necessária para desenvolver as atividades com esse enfoque”, disse. A Câmara Técnica também defendeu a realização de atividades de formação de educadores quilombolas, para qualificar a atuação dos profissionais nos territórios.
No encontro, os integrantes da CTCT discutiram ainda a apresentação de uma proposta à Diretoria do CBHSF para a elaboração de editais de programas e projetos voltados especificamente para as comunidades tradicionais da Bacia. “Os editais ocorrem hoje de forma geral, e as ações voltadas às comunidades tradicionais chegam de forma muito inferior à demanda que existe. Ao pensar programas voltados para esses públicos, com editais específicos, entendemos que há uma chance maior de atender as necessidades que existem”, destacou Tuxá. A Câmara Técnica também quer realizar levantamentos de dados e informações sobre as populações tradicionais que habitam a Bacia Hidrográfica do Velho Chico, e sobre as áreas ocupadas por essas comunidades. “Essa primeira reunião do ano vai nortear as ações que serão desenvolvidas nos próximos meses. Nós tiramos importantes encaminhamentos, e as propostas serão dialogadas com a Diretoria, para que possam ser executadas ao longo de 2024.”
Chuvas no oeste da Bahia
Os impactos das chuvas em municípios da Bacia do São Francisco também fizeram parte da pauta do encontro. De acordo com o coordenador da CTCT, Uilton Tuxá, a situação em comunidades indígenas e tradicionais da região do Riacho de Serra Branca, no município de Muquém do São Francisco, no Oeste da Bahia, é preocupante. “Nós estivemos no local, produzimos relatório, e de fato há um assoreamento que vem derrubando o barranco do Rio, o que ameaça uma estrada que dá acesso às comunidades. São mais de 3 mil pessoas que dependem dessa via, e a gente espera que o próprio Comitê tome para si a responsabilidade de iniciar as tratativas internamente, e com outros órgãos, para resolver a situação. A estrada precisa estar assegurada porque é o meio de entrada das políticas públicas que atendem aqueles povos”, afirmou.
Campus Intercultural da UNEB
A instalação do Campus da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no município de Jeremoabo, voltado para Povos Indígenas, Comunidades Quilombolas e Campesinas — resultado de uma parceria entre a UNEB, a Prefeitura e o CBHSF –, também foi celebrada pelos integrantes da CTCT. A professora da UNEB Floriza Maria Sena Fernandes, integrante da Câmara Técnica, atualizou as informações sobre a estruturação do espaço.
“O Comitê da Bacia, junto com a Agência Peixe Vivo e a Pró-Reitoria de Infraestrutura da UNEB estão fazendo os encaminhamentos para, ainda neste semestre, realizar a licitação e começar as obras. Em relação aos projetos pedagógicos de criação de novos cursos, estamos em articulação com as comunidades indígenas e povos tradicionais, e a reitora já criou no Conselho Superior da UNEB o Campus Intercultural, que é o de número 26 da Universidade”, relatou Fernandes.
FONTE: Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: João Pedro Netto
*Fotos: João Pedro Netto
Em um grande movimento que deve garantir o conhecimento sobre os principais problemas dos rios no Estado de Pernambuco, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), em parceria com o Governo Federal, entrou na fase de diagnóstico do estudo do Programa Estadual de Revitalização de Bacias Hidrográficas. Na última quinta-feira (07) o Plano de Trabalho Detalhado foi apresentado.
No estado de Pernambuco, as bacias hidrográficas deságuam no rio São Francisco ou diretamente no Oceano Atlântico. Com 16 Unidades de Planejamento, caracterizando a Divisão Hidrográfica Estadual, praticamente metade dos principais rios deságuam no São Francisco sendo eles: Pontal, Garças, Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxotó, Ipanema, além de grupos de pequenos rios interiores.
O estudo, então, deve garantir melhor qualidade da água que chega ao São Francisco. “Esse é um momento extremamente importante para a bacia do São Francisco e para o estado de Pernambuco e as bacias estaduais. Entendemos, enquanto Comitê de Bacia, que é essencial somar forças. Temos o plano de revitalização da bacia do São Francisco somando-se ao plano de revitalização de Pernambuco e Bahia, que deverá ser atualizado esse ano. Dessa forma, a gente soma força dos estados, do Governo Federal, e também precisamos inserir os municípios nesse processo, com a participação da sociedade civil e dos usuários de recursos hídricos. Então, precisamos fortalecer a cada momento as parcerias, porque a revitalização não vai ser alcançada por um único órgão, a revitalização tem que ser construída a muitas mãos”, afirmou o coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Cláudio Ademar.
O estudo que está na fase de diagnóstico ambiental, tem o prazo de um ano e ainda deve elaborar os diagnósticos socioeconômico e institucional, mapeamento de degradação, hierarquização de áreas prioritárias, mecanismos, estratégias de revitalização, além da elaboração de no mínimo dez projetos ambientais para o Estado, e cinco projetos por bacia hidrográfica considerada como de alta prioridade. O portfólio de projetos executivos estruturantes visa ampliar a segurança hídrica no estado; e a partir disso, a APAC poderá obter financiamentos para execução dos projetos.
“Convidamos o Comitê do São Francisco, que é nosso grande parceiro, para participar das discussões. O estado de Pernambuco se sente muito honrado em ter a parceria com o governo Federal e trazer para o âmbito da política pública do estado o alicerce desse programa”, afirmou a presidente da APAC, Suzana Montenegro.
Os sistemas responsáveis pela produção dos alimentos estão repletos de contradições. Eles permitem que a comida chegue nos nossos pratos todos os dias e, assim, garantem a nossa vida, além de ser a fonte de renda de milhões de pessoas ao redor do mundo. Porém, da forma como estão estruturados atualmente, produzem impactos inaceitáveis em diversos níveis – ambiental, socioeconômico e na saúde da população –, manifestando-se inclusive através de doenças associadas a subnutrição e fome, assim como à obesidade e ao sobrepeso.
O Brasil, um grande produtor e exportador de alimentos, enfrenta múltiplos desafios e oportunidades em seu complexo sistema alimentar. Isso se dá pelo seu papel como exportador global de commodities – fator que contribui fortemente para a monotonia da produção e do consumo de alimentos no país, concentrando-as em algumas grandes cadeias como a pecuária, o milho e a soja – e a necessidade de superar o desafio imediato de ter mais de metade de sua população em algum grau de insegurança alimentar, como demonstrou o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar, lançado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN) em 2023.
Esses impactos podem, e devem, ser reduzidos a partir de uma transição do atual modo de produção e consumo de alimentos para os chamados “sistemas alimentares sustentáveis”. Essa mudança não só resultaria em alimentos mais saudáveis na mesa de todos e uma produção que respeite a natureza, as florestas e evita desperdícios, como também geraria benefícios econômicos para o Brasil e o mundo.
O que são sistemas alimentares sustentáveis, e quais os benefícios sociais, econômicos e ambientais que eles podem fornecer ao Brasil e ao mundo? Confira neste artigo uma contextualização desse conceito e os resultados mais recentes de estudos que calculam custos e benefícios de um sistema de produção de alimentos que prioriza a segurança alimentar e nutricional da população atual e das futuras gerações.
O que são sistemas alimentares sustentáveisO conceito de "Sistemas Alimentares" é amplo – se refere a todos os elementos e atividades relacionados a todas as etapas que envolvem a produção e o consumo de alimentos. Esses elementos podem ser recursos naturais, processos, infraestruturas, instituições e, principalmente, pessoas. E as etapas se referem a produção agropecuária, processamento, distribuição e consumo dos alimentos.
Em outras palavras, os Sistemas Alimentares envolvem tudo o que for relacionado à comida desde o plantio até o chegar aos nossos pratos, incluindo todas as questões sociais, econômicas e ambientais envolvidas.
Porém, um crescente corpo de estudos e pesquisas científicas têm mostrado que os sistemas alimentares atuais possuem grandes problemas. São questões que vão desde a exploração predatória de recursos naturais aos incentivos – inclusive financeiros, mercadológicos e políticos – que beneficiam alguns setores e cadeias produtivas em detrimento de outras, e resultam por exemplo na falta de acesso a alimentos nutritivos por grande parte da população.
Por isso, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) desenvolveu o conceito de Sistemas Alimentares Sustentáveis. São sistemas que proporcionam segurança alimentar e nutricional para todos, sem comprometer as bases econômicas, sociais e ambientais da segurança alimentar e nutricional de gerações futuras.
Os custos ocultos de um sistema não sustentávelTransformar os sistemas alimentares atuais em sistemas sustentáveis é uma tarefa complexa e serão necessários investimentos significativos para a implementação de ações coordenadas. Pesquisas recentes estão mostrando que os benefícios superariam muito os investimentos. A Comissão Econômica dos Sistemas Alimentares (FSEC, na sigla em inglês) é um grupo independente de cientistas que se propôs a analisar e entender quais custos são esses, comparando um cenário em que não há transformação nos sistemas com outro que busca tornar esses sistemas sustentáveis.
A partir de modelagem econômica, cálculos de custos e revisão de literatura, a FSEC apresentou o Global Policy Report, um estudo global lançado no final de janeiro de 2024 que traz um panorama amplo dos problemas associados ao modelo atual de produção e consumo de alimentos. O trabalho calcula os custos para a sociedade e explora potenciais caminhos para a solução destes problemas.
Os resultados mostram o impacto que a produção e distribuição de alimentos têm nas emissões de gases de efeito estufa, contribuindo com o aquecimento global, na insegurança alimentar e na fome, nos custos de saúde com obesidade e má nutrição, no desperdício de alimentos, no desmatamento e má gestão do solo, entre outros. São custos geralmente ocultos e não contabilizados por cálculos econômicos tradicionais.
A magnitude destes custos é proporcional ao tamanho da complexidade dos sistemas alimentares a nível global: a FSEC estimou que esses custos representam um prejuízo de US$ 15 trilhões por ano, o equivalente a 12% do Produto Interno Bruto (PIB) de todos os países do mundo.
Já o cenário que prevê uma transformação sustentável mostra que é possível reverter esses prejuízos. Ele considera transformações nas seguintes áreas:
Dietas saudáveis para todos
Segurança alimentar em todo o sistema
Conservação da natureza e restauração de áreas degradadas
Produção agropecuária ambientalmente sustentável
Sistemas alimentares resilientes que mantenham a segurança alimentar e nutricional ao longo prazo
Com essas mudanças, a FSEC estima que os benefícios dos sistemas alimentares sustentáveis, calculados a partir da lógica dos custos evitados ao se reduzir os impactos negativos do modelo atual e comparados aos investimentos necessários para a transição, podem chegar a US$ 10 trilhões por ano até 2050, através da implementação coordenada e complementar de uma série de medidas tecnológicas, políticas e sociais.
Os custos ocultos no BrasilComo o Brasil entra nesse cenário global? Em fevereiro, durante o Fórum de Finanças Climáticas em São Paulo, a FSEC apresentou, em parceria com a The Food and Land Use Coalition (Coalizão sobre Alimentos e Uso da Terra), o WRI Brasil, a Systemiq e a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, um anexo do relatório global que fez um estudo de caso sobre o Brasil.
O Brasil é um grande exportador de produtos agrícolas, mas essa produção também tem muitos custos ocultos embutidos. A pecuária é um exemplo. O país é o segundo maior exportador de carne bovina no mundo, mas essas exportações não consideram os custos socioambientais do desmatamento na Amazônia e no Cerrado, por exemplo. Mesmo sendo grande produtor agropecuário, o Brasil ainda enfrenta situações de insegurança alimentar e fome, e tem uma agricultura vulnerável ao clima e às mudanças climáticas. Esses elementos fazem com que a transição para sistemas alimentares mais sustentáveis, considerando a necessidade de garantir o acesso aos alimentos por parte da população, seja urgente no país.
O estudo mostra que os custos ocultos no Brasil chegam a um prejuízo de US$ 500 bilhões por ano, especialmente por conta de emissões de gases de efeito estufa, poluição por nitrogênio, desmatamento e perdas de produtividade decorrentes do consumo de dietas pouco diversas ou saudáveis. Neste caso, o cenário de transformação para sistemas alimentares sustentáveis gera um benefício em custos ocultos evitados de US$ 216 bilhões até 2050.
Os dados mostram que o Brasil tem a oportunidade de transformar seus sistemas de uso da terra e alimentos e, simultaneamente, alcançar resultados econômicos mais robustos e equalitários, a proteção e a restauração ambiental, melhorar os meios de subsistência e acabar com a fome. Para isso, o país precisa ter uma estratégia integrada de segurança alimentar, produção em grande escala de alimentos diversos e proteção florestal, alinhando incentivos públicos, investimentos e ação local.
Uma solução transversal a todas as outrasA produção de alimentos e as mudanças no uso da terra representam atualmente um terço das emissões globais de gases de efeito estufa, e os efeitos das mudanças climáticas atingirão desproporcionalmente pequenos produtores rurais, populações vulneráveis e comunidades tradicionais.
Para o WRI Brasil, fazer a transição para sistemas alimentares sustentáveis é urgente para garantir a segurança alimentar e nutricional da população, assim como um meio ambiente sadio e seguro para as futuras gerações.
A abordagem sistêmica para a transformação da produção e o consumo de alimentos é fundamental e permite identificar alavancas, relações de causa e efeito entre diferentes elementos do sistema alimentar e identificar prioridades de ação, sempre considerando possíveis perdas e ganhos associados às intervenções. Também permite enfrentar múltiplos problemas, do combate ao desmatamento de florestas tropicais, passando pelo combate à pobreza e a fome, até o consumo de alimentos nutritivos pela população. Fazer essa mudança será fundamental para colocar o Brasil no caminho de uma transição justa para uma próspera economia de baixo carbono.