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Comitês de Bacias Hidrográficas: ENCOB em Aracaju integra os CBHs para o 8º Fórum Mundial da Água
Sendo um dos eventos preparatórios para o 8º Fórum Mundial da Água e o maior evento que reúne os Comitês de Bacias Hidrográficas no país, o XIX ENCOB - Encontro Nacional dos Comitês de Bacia Hidrográfica, evento promovido pelo FNCBH - Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, ocorrerá na cidade de Aracaju-SE, no período de 07 a 10 de novembro de 2017. É a segunda vez que Aracaju recebe o ENCOB que se dará num momento de elevada expectativa pela realização, no Brasil, do Fórum Mundial da Água, que ocorrerá de 23 a 38 de março de 2018 em Brasília. Esta é a primeira vez que esse evento acontece no hemisfério sul. ​Durante o XIX ENCOB, os participantes terão oportunidade de apresentar e conhecer experiências exitosas de boa gestão dos recursos hídricos e, fundamentalmente, conhecer os modelos atualmente aplicados na gestão das águas nos estados brasileiros. O ENCOB vai tratar também da questão das águas transfronteiriças e das águas subterrâneas com especial atenção. Estes temas vão atrair centenas de pessoas de várias partes do mundo, uma vez que “água compartilhada” é o tema escolhido para 8º Fórum Mundial da Água.​  Comitês de Bacias e a gestão da água Um dos principais objetivos do ENCOB é possibilitar que os Comitês de Bacias Hidrográficas identifiquem as oportunidades e desafios para a promoção da gestão integrada das águas. Os organizadores do ENCOB defendem que a gestão das águas deve acontecer de forma participativa e descentralizada, oferecendo à sociedade uma resposta sustentável para a preservação e democratização dos recursos hídricos. Os participantes poderão também discutir os cenários futuros e traçar diretrizes para a atuação do Sistema Nacional de Recursos Hídricos, estabelecendo metas e diretrizes para a consolidação das políticas públicas da água. O foco é direcionar um olhar diferenciado para o futuro, aproximando conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento. ​​ Para inscrição e maiores informações sobre o XIX ENCOB clique aqui. Aracaju - Vista aérea - Foto César de Oliveira - Acervo EMSETUR  Em 2003, Aracaju sediou o  ENCOB.  Em 2017 o evento está de volta à capital de Sergipe.
Comitês recebem R$ 1,4 mi para proteger rios da Grande Florianópolis
Essa verba será aplicada em ações dos comitês de bacias hidrográficas do Tijucas, Camboriú e Cubatão.  Os comitês de bacias hidrográficas dos rios Camboriú, Cubatão e Tijucas receberam apoio financeiro do governo do Estado de Santa Catarina para realizar trabalhos socioambientais na grande Florianópolis e Litoral Norte do Estado.  As entidades vão receber R$ 1,38 milhão, que será repassado à Associação Caminho das Águas do Tijucas. O modelo de parceria - integrando os comitês, a associação e o Estado - foi idealizado para garantir o desenvolvido de projetos educacionais e ambientais de forma direta, o que “deságua” na garantia de abastecimento para a Capital do Estado. O dinheiro será dividido entre as ações dos comitês. O objetivo é promover a manutenção administrativa das estruturas e a continuidade dos projetos ambientais de cada região. “O dinheiro vem em bom momento. Somos referência estadual e nacional”, afirma o vice-presidente do Comitê Tijucas-Biguaçu, Edison Roberto Mendes Baierle. A presidente do Comitê Cubatão-Madre, Sandra Eliane Michel, pediu maior atenção aos comitês catarinenses e garantias de que o recurso disponibilizado não falte às ações promovidas. Paulo Schmigel, do Comitê Camboriú, reforçou que a data era histórica para os comitês e uma mudança na forma do governo e da população entenderem a importância das bacias hidrográficas. “Nós dos comitês de bacias realizamos um trabalho muitas vezes voluntário e que precisa de maior atenção dos órgãos governamentais. A experiência do plano de bacias, por exemplo, mostra que as regiões envolvidas podem dar um salto em desenvolvimento científico, econômico, e também sustentável, e esse debate passa pelos comitês”, ressalta.   Pacto pela Mata Ciliar será mantido O recurso repassado pelo Estado vai oxigenar o Pacto Pela Mata Ciliar, implantado na Grande Florianópolis pelo Comitê de Bacia Hidrográfica dos Rios Tijucas-Biguaçu. O programa foi criado em 2011, quando foi instituída uma meta de recuperação de 50 mil hectares nas margens dos rios. Até agora, no entanto, apenas 7 mil hectares foram recuperados. Com a chegada dos recursos o objetivo será intensificar as ações. “Esse recurso vem subsidiar as atividades de sensibilização, educação e recuperação da mata ciliar na bacia toda, onde temos oito mil quilômetros de rios”, salienta Baierle. O presidente também acredita que é importante os municípios da região preservarem e ajudarem os comitês. Segundo avalia, não basta colocar a bomba nos rios para sugar os recursos hídricos. “É preciso uma união mais forte das cidades. Os governos municipais precisam entrar nessa luta conosco. A região precisa evoluir muito”, garante. Os comitês de bacias agora terão subsídio oficial para ajudar a preservar os mananciais que abastecem Florianópolis e cidades da região.  
Comitê da Bacia do São Francisco cria parcerias para replantar margens
Projeto prevê investimentos para ampliação de viveiro que fornece mudas de espécies endêmicas para replantio em locais estratégicos do “Velho Chico”.   Uma parceria entre o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), a Agência Peixe Vivo, o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF) e Prefeitura de Patos de Minas (MG) vai triplicar a produção de mudas destinadas à recuperação do “Velho Chico”. O viveiro, localizado em Patos de Minas, vai passar por reforma ganhando uma capacidade muito maior de produção. O projeto, encabeçado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, finalmente vai ser colocado em prática. Depois de oito anos de trabalho, foi assinado no final de julho um Termo de Cooperação Técnica entre as quatro entidades. O viveiro, que pertencente ao IEF, vai ganhar força com investimentos do CBHSF, com recursos da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos e gerenciados pela Agência Peixe Vivo. Intitulado “Plantando árvores, produzindo água, vamos matar a sede dos nossos rios”, o projeto vai favorecer a recuperação de matas ciliares, nascentes, áreas degradadas, recarga hídrica e programas de educação ambiental para as comunidades rurais, visando à conservação do solo e, consequentemente, à produção de água. De acordo com Wilson José da Silva, membro do CBHSF e autor do projeto, “temos que manter a água dentro dos cursos d’água. Para isso temos que reflorestar. Estamos investindo R$6 mi para manter o projeto pelo menos nos primeiros cinco anos, tendo possibilidade de dobrar a produção de mudas de acordo com a demanda”. O viveiro produz uma variedade de 491 espécies do cerrado. Hoje, a produção é de 200 mil mudas/ano e a expectativa é que aumente para 700 mil/ano.  Espera-se, com essa cooperação, recuperar aproximadamente 750 hectares de áreas onde a revitalização é necessária e estrategicamente importante para a melhoria da oferta hídrica. Viveiro  O viveiro localiza-se em terreno cedido pela prefeitura de Patos de Minas e possui uma área de 2,2 hectares. Produz 491 espécies nativas do Cerrado, além de plantas ornamentais para áreas urbanas. Qualquer pessoa pode adquirir mudas gratuitamente no viveiro. O endereço do viveiro é Rodovia MGT – 354, Km 177 – Fazenda Canavial, Patos de Minas. Projeto do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco reúne várias entidades em favor da revitalização do “Velho Chico”. As mudas serão plantadas em locais degradados do Rio.    
Bacia do Rio Doce terá nova rede de monitoramento
A bacia hidrográfica do Rio Doce ganhou uma nova rede de monitoramento da qualidade da água. O programa vai acompanhar a recuperação do rio, da zona costeira e da região do estuário, além de apontar fatores relacionados à biodiversidade e presença de metais na água, por exemplo. O rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015, causou um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil e deixou pelo menos 11 mortos, 12 desaparecidos e mais de 600 desabrigados. Os 62 milhões de metros cúbicos de lama despejados morro abaixo – que poderiam encher 25 mil piscinas olímpicas -  percorreram um trajeto de mais de 500 quilômetros pelo leito do rio Doce, desaguando no mar do Espírito Santo e causando destruição por onde passou. Passado mais de um ano e meio do desastre, e com as águas do Rio Doce bastante comprometidas, a bacia hidrológica ganha 56 pontos de monitoramento: 35 em Minas Gerais e 21 no Espírito Santo. Os dados desse programa vão começar a ser divulgados a partir de novembro. Depois disso cada tipo de análise terá uma periodicidade específica de divulgação. Serão investidos nesse programa R$ 4,4 milhões somente na instalação das estações. Além disso, outros R$ 2 milhões anuais serão aplicados na operação e manutenção dos equipamentos. Os custos são de responsabilidade da Fundação Renova, que executa as ações de reparações de danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão. As análises vão poder apontar se as ações de reparação de danos ambientais estão surtindo efeito. Segundo o especialista de recursos hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA) e coordenador da Rede Nacional de Monitoramento de Qualidade de Água, Maurrem Vieira, poucos países no mundo possuem o tipo de monitoramento implantado no Rio Doce. O “Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático de Água e Sedimentos” vai ajudar, entre outras coisas, a direcionar ações de recuperação, resgate e preservação de acordo com as necessidades das pessoas, da região e do Rio. Rio Doce recebeu milhões de metros cúbicos de lama de minério provenientes de barragem da mineradora Samarco que se rompeu contaminando todo o leito do Rio. Este foi o maior desastre ambiental do Brasil.