Notícias das Águas

XIX ENCOB: CBHS EM PROL DO FORTALECIMENTO DO SNGRH
CBHs do Rio Doce marcam presença no encontro e dividem experiências relacionadas à gestão das águas A décima nona edição do Encontro Nacional de Comitês de Bacia Hidrográfica, o ENCOB, foi realizada entre os dias 7 e 11 de novembro, em Aracaju/SE, e teve como tema principal o fortalecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SNGRH). Conselheiros do CBH-Doce e dos CBHs afluentes dos rios Piranga, Santo Antônio, Suaçuí, Caratinga, Manhuaçu, Guandu, Santa Joana, Santa Maria do Doce, Pontões e Lagoas do Rio Doce e Barra Seca e Foz do Rio Doce marcaram presença no evento, que teve em sua programação oficinas, cursos e palestras, que proporcionaram trocas de experiências entre representantes de diferentes partes do país, além da capacitação de conselheiros em diversos temas relacionados à gestão das águas. Bacia do Rio Doce é destaque! Quem passou pelo XIX Encob pode conhecer de perto o trabalho desenvolvido pelos Comitês da Bacia do Rio Doce, através do estande dos CBHs. Posicionado de maneira estratégica, o estande e as peças institucionais do colegiado foram alvo de elogio. Conselheiros de comitês de todo o Brasil dividirão o sucesso das ações desenvolvidas na Bacia do Rio Doce, através de nossos materiais de divulgação, amplamente distribuídos no encontro.   Ney Murtha é homenageado em cerimônia de abertura O ex-presidente do CBH-Doce, Leonardo Deptulski, conduziu, durante a cerimônia de abertura do ENCOB, uma emocionada homenagem a Ney Murtha, falecido em outubro de 2017, durante um acidente em um voo de parapente, no Ceará. Murtha atuou, na Agência Nacional de Águas, como coordenador de Instâncias Colegiadas do SINGREH e participou ativamente da criação dos Comitês da Bacia do Rio Doce e da implantação dos instrumentos previstos na Política Nacional de Recursos Hídricos na área de atuação dos CBHs do Doce. Fonte: CBH-Doce
Brasil está entre os dez países com maior área irrigada
 A irrigação na agricultura ajuda a garantir alimentos e a preservar as safras em épocas de seca.  A ANA (Agência Nacional de Águas) divulgou atlas da irrigação no Brasil. O país está entre os que mais pratica agricultura irrigada. Mesmo assim, a área irrigada representa apenas 20% da área potencial para a atividade. O Brasil está entre os dez países com a maior área irrigada do planeta, mostra estudo feito pela Agência Nacional de Águas (ANA). De acordo com o Atlas Irrigação: uso da água na agricultura irrigada, atualmente o país tem 6,95 milhões de hectares (Mha) que produzem alimentos utilizando diferentes técnicas de irrigação. A pesquisa mostra ainda que o número representa apenas 20% da área potencial para a atividade. De acordo com o levantamento, a Região Sudeste apresenta 2.709.342 hectares (ha) irrigados; a Sul, 1.696.233; a Norte, 194.002 ha; a Nordeste, 1.171.159; e a Centro-Oeste, 1.183.974. O estudo da ANA destaca quatro métodos de irrigação como os principais no país: por superfície, subterrânea, por aspersão e localizada, especialmente usadas no agronegócio. Conforme a ANA, o atlas ajuda no dimensionamento e nas estimativas de demandas da água, auxiliando na elaboração dos planos de Recursos Hídricos, nos estudos de Bacias Críticas e de demandas de Água. A pesquisa “é de fundamental importância para a estimativa de uso da água e para a atualização dos balanços hídricos, subsidiando a tomada de decisão e as análises de risco com vistas à segurança da agricultura irrigada e à garantia dos usos múltiplos da água”, destaca a ANA. O levantamento reafirma a necessidade do uso da irrigação, especialmente em regiões afetadas pela escassez contínua de água, como no Semiárido. "Uma parte importante da agricultura só se viabiliza mediante a aplicação artificial de água. Em regiões afetadas por escassez em períodos específicos do ano, como na região central do país (entre maio e setembro), diversas culturas viabilizam-se apenas com a aplicação suplementar de água nesses meses, embora a produção possa ocorrer normalmente no período chuvoso”, acrescenta o estudo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), os líderes mundiais são a China e a Índia, com cerca de 70 milhões de hectares cada, seguidos dos Estados Unidos (26,7 Mha), do Paquistão (20,0 Mha) e Irã (8,7 Mha). O Brasil aparece no grupo de países que têm área entre 4 e 7 Mha, que inclui a Tailândia, o México, a Indonésia, Turquia, Bangladesh, o Vietnã, Uzbequistão, a Itália e Espanha. Fonte: Agência Brasil
Agência promove Oficina sobre o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos
Diretora Gisela Forattini abre a Oficina  De 31 de outubro a 1º de novembro, em Brasília, a Agência Nacional de Águas (ANA) realiza a Oficina sobre o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH), cujo objetivo é apresentar a ferramenta aos técnicos dos órgãos gestores estaduais e distrital de recursos hídricos. Esta capacitação também visa a capacitar os profissionais na navegação e aquisição de informações do portal e seus subsistemas, na construção de mapas interativos e metadados geoespaciais e na elaboração de mapas temáticos a partir das informações do SNIRH. A diretora da Área de Planejamento da ANA, Gisela Forattini, abre a programação da Oficina. Em seguida, será apresentada uma visão geral do SNIRH em aspectos gerais, como a gestão da informação e os dados do relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil, contidos na ferramenta. Ainda no primeiro dia, especialistas da ANA apresentam a infraestrutura de Tecnologia da Informação do Sistema, a navegação e aquisição de informações nos mapas interativos do Portal SNIRH, o acesso aos dados dos sistemas vinculados ao Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos e a construção de mapas interativos na ferramenta. O segundo dia da capacitação começa com uma apresentação sobre aplicações da utilização da Base Hidrográfica Ottocodificada para a gestão e o planejamento de recursos hídricos. Na sequência há uma apresentação sobre bases de dados e metadados espaciais e outra sobre a criação e edição de metadados. A elaboração de mapas temáticos a partir de informações do SNIRH é o tema que encerra a Oficina. Participam desta primeira turma técnicos da Agência Pernambucana de Água e Clima (APAC), do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA), da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. Nestes mesmos moldes, a ANA receberá mais duas turmas para participar da capacitação. Uma delas será em 9 e 10 de novembro e a outra será em 16 e 17 de novembro. O SNIRH O Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (www.snirh.gov.br) consolida nacionalmente informações sobre a situação das águas do Brasil, como o nível dos reservatórios e dos açudes, a vazão dos rios e a qualidade das águas. A ferramenta também reúne informações sobre os usuários dessas águas, ou seja, sistemas de abastecimento urbano, irrigantes, indústrias. Sendo assim, o SNIRH permite saber quanta água está disponível, em que qualidade e qual é o uso que está sendo feito, informações utilizadas para gestão de recursos hídricos. O Sistema também é um dos instrumentos de gestão definidos pela Política Nacional de Recursos Hídricos. Texto:Raylton Alves - ASCOM/ANA Foto: Raylton Alves / Banco de Imagens ANA Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA
R$ 5,3 milhões para melhorar oferta de água no cerrado
A Fundação Banco do Brasil e a ONG WWF- Brasil assinaram convênio para melhorar a oferta de água no Cerrado, região considerada o “berço das águas” do Brasil.   Iniciativa abrange bacias dos rios Pipiripau e Descoberto (DF), Guariroba (MS) e Peruaçu (MG), e ajudará a minimizar os efeitos negativos sobre as águas do cerrado. O projeto "Recuperação Florestal e Implantação de Tecnologias Sociais nas Microbacias" vai priorizar ações nas microbacias do Pipiripau e Descoberto (DF), Guariroba (MS) e Peruaçu (MG). As cidades abrangidas são Brasília, Sobradinho e Planaltina, no Distrito Federal, e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O projeto pretende contribuir para segurança hídrica dos moradores e agricultores da região. De forma direta e indireta, o projeto irá beneficiar cerca 2,4 milhões de pessoas, com envolvimento de cerca de 1,3 mil produtores rurais das bacias atingidas.  O Cerrado abriga as nascentes que alimentam seis das oito grandes bacias hidrográficas brasileiras: Amazônica; de Tocantins; do Atlântico Norte/Nordeste; do Rio São Francisco; do Atlântico Leste e do Paraná/Paraguai, incluindo as águas que escoam para o Pantanal. As ações preveem a recuperação de 164 hectares de vegetação nativa, por meio do plantio direto de mudas e implantação de sistemas agroflorestais (SAF); a implantação de 230 cisternas de captação de água da chuva para consumo doméstico; a regularização ambiental de 43 propriedades para receber Pagamentos por Serviços Ambientais; a capacitação de 140 pessoas na condução de projetos de recuperação florestal. Serão investidos R$ 4,8 milhões da Fundação BB e meio milhão de reais do WWF-Brasil, com o total de R$ 5,3 milhões.    Ações previstas   Parcerias Desde 2010, a Fundação Banco do Brasil e parceiros estão engajados na conservação dos recursos hídricos em sete microbacias hidrográficas brasileiras – Longá (PI), Santa Rosa (AC), Tietê-Jacaré (SP), Cancã-Moinho (SP), Pipiripau (DF), Guariroba (MS) e Peruaçu (MG). No período de 2010 a 2015, entre as ações realizadas estão a recuperação de 684 hectares de vegetação nativa, a construção de 897 cisternas para consumo básico e produção de alimentos, a implantação de 370 fossas, o plantio de um milhão de mudas e Pagamentos por Serviços Ambientais a 125 produtores rurais. Fonte: Fundação BB
Empresas que economizam água podem ganhar até R$ 20 mil
Premiação vale para micro, pequenas e médias empresas que mostrarem ações inovadoras na redução de seu consumo hídrico A Cervejaria Ambev vai premiar, no fim deste ano, micro, pequenas e médias empresas que apresentarem ações inovadoras na redução do próprio consumo de água. A companhia disponibilizará prêmios no montante de R$ 50 mil. Vale destacar que apenas empresas participantes do Sistema de Autoavaliação de Eficácia (SAVEh), plataformas on-line gratuitas podem concorrer. Serão dois prêmios em disputa no SAVEh. O primeiro é o Fundo Desafio SAVEh, no com premiação de R$ 5 mil para empresas que alcançarem a implementação de 80% das ações que foram planejadas para este ano, por meio da plataforma, e que apresentarem as melhores ações de gestão da água para 2018. O segundo é o Prêmio SAVEh 2017, que reconhecerá cinco empresas que apresentarem boas práticas em melhorias hídricas e que tenham sido inspiradas pela utilização do sistema. Todas as iniciativas serão filmadas e apresentadas em espaços do Fórum Mundial da Água 2018. Um prêmio de R$ 45 mil será dividido entre as três primeiras, como incentivo para aplicar novas ações de eficiência hídrica. Os prêmios serão de R$ 20 mil, R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente. O que é o SAVEh O SAVEh é um sistema de auto avaliação do consumo de água e foi criado para micro e pequenas empresas. Com ele, as empresas são auxiliadas na redução do consumo em seu processo produtivo, preservando os recursos e gerando redução de custos. Valores que, ao fim de um ano, podem ajudar no orçamento. A plataforma foi idealizada pela Ambev, em parceria com a Fundação Avina. A iniciativa é um complemento ao compromisso que a cervejaria assumiu no Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), que reúne empresas comprometidas com o problema da escassez de água e da falta de saneamento em todo o mundo. Fonte: Jornal Estado de Minas
Filmes sobre água: inscrições prorrogadas até dezembro
Cinco melhores filmes receberão prêmio de US$ 400 cada um. Este é mais uma ação do Fórum Cidadão, um braço do Fórum Mundial da Água, que acontece em 2018 em Brasília.  Os filmes devem ter recursos hídricos como tema.  As inscrições agora vão até o dia 03 de dezembro de 2017.   No 8º Fórum Mundial da Água, que ocorrerá em Brasília de 18 a 23 de março, haverá um espaço dedicado a filmes produzidos por comunidades ao redor do Brasil e do mundo que tenham como tema o compartilhamento de recursos hídricos. As inscrições são gratuitas e o prazo, que terminaria neste mês, foi prorrogado até 3 de dezembro. Para se cadastrar o candidato deve preencher o formulário específico e enviar o link com a obra para o Filmambiente Festival, uma competição na categoria “A Voz dos Cidadãos”. Um júri internacional vai indicar os cinco melhores curtas, que receberão prêmios de US$ 400 cada um (cerca de R$ 1.270 no câmbio atual). Os vencedores serão divulgados em uma cerimônia durante o Fórum. A lista de filmes selecionados será anunciada ainda em dezembro. A ideia é que o cidadão possa encaminhar filmes de até 4 minutos com experiências que envolvam o tema água. A participação é aberta a qualquer pessoa com apelo especial a jovens, mulheres, indígenas ou povos tradicionais. Os trabalhos devem focar boas práticas e novas ideias, soluções encontradas, problemas resolvidos e outras questões relacionadas à água ou à falta dela. Caso o filme não seja em português ou inglês, é preciso haver legendas em um desses idiomas. As produções serão exibidas antes das sessões temáticas programadas para o Fórum.   Fonte: Agência Brasília
Fórum Cidadão vai selecionar experiências de gestão e usos de água
Dar visibilidade a experiências comunitárias e sociais que ofereçam soluções capazes de enfrentar os desafios globais em relação à água. Esse é o objetivo da próxima chamada pública do Processo Fórum Cidadão, que vai abrir inscrições para exposição de trabalhos sociais inovadores na temática hídrica. As candidaturas poderão ser feitas por um formulário online, disponível no site do Fórum a partir de 4 de novembro. Serão escolhidas 60 iniciativas para compor gratuitamente o “Mercado de Soluções”, um espaço dento da Vila Cidadã do 8º Fórum Mundial da Água, que acontece entre 18 e 23 de março, em Brasília. A área será de livre acesso para o público e também contará com programação de arena para os interlocutores, Festival de Cinema, praça de alimentação, praça das fontes, exposições culturais, artísticas e hídricas, além de outras atividades. Para facilitar a visualização das experiências apresentadas, a Vila Cidadã será montada com base em dois eixos: Soluções baseadas na Natureza, projetadas para trazer mais recursos e processos naturais às cidades e paisagens terrestres e marinhas; e Experiências de base Comunitária, para soluções de problemas da água, envolvendo soluções inovadoras para a gestão hídrica a fim de enfrentar os atuais desafios relacionados à qualidade e à disponibilidade desse recurso. Inscrições e resultadoAs inscrições poderão ser feitas por um formulário online, que estará disponível no site do Fórum a partir do dia 4 de novembro.  Os trabalhos poderão ser inscritos em dois formatos: estandes individuais ou painéis eletrônicos. As propostas deverão ser apresentadas necessariamente em inglês, português ou espanhol. Para saber mais detalhes a respeito da chamada e dos critérios para apresentação de trabalhos, acesse o documento produzido pelo Processo Cidadão, disponível em português e em inglês.  Para os estandes individuais, cada participante será responsável pelo material apresentado em seu espaço e pela apresentação física durante o Fórum. Já os painéis eletrônicos são indicados para os candidatos que não puderem comparecer ao Fórum fisicamente, mas gostariam de mostrar suas iniciativas para pessoas de todo mundo. As candidaturas serão analisadas pelo Comitê de Avaliação em dezembro de 2017. A seleção levará em conta os seguintes critérios: Coerência – sustentabilidade, tecnologia social e recursos locais; Viabilidade e inovação; e Relevância. O resultado será divulgado em janeiro de 2018, no site do Fórum e nas redes sociais do evento. Fonte: 8º Fórum Mundial da Água
Evento internacional discute agenda de água e gênero para Brasil e América Latina
Diretora da ANA, Gisela Forattini abre evento  Até 27 de outubro, no Hotel Nacional, em Brasília, acontece a Oficina Construindo uma Agenda de Água e Gênero para o Brasil e para a América Latina, promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA), pela Parceria Global pela Água (GWP) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Este evento preparatório para o 8º Fórum Mundial da Água visa a delinear ações estratégicas de gênero para a ANA e para o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). Outro objetivo da Oficina é permitir que a Agência e o Fórum Cidadão do 8º Fórum Mundial da Água possam formular um conjunto de propostas que permitam construir uma agenda de água e gênero para a gestão das águas no Brasil, inspirada também em experiências internacionais. O evento recebe participantes de diversos países latino-americanos, como: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, México, Nicarágua, Panamá e Peru. Durante a Oficina estão sendo discutidos os passos que devem ser seguidos pela ANA e pelo SINGREH para contemplar o princípio de Dublin – que trata do papel significativo da mulher na provisão, no gerenciamento e na salvaguarda – na Política Nacional de Recursos Hídricos. Também está em pauta a construção da agenda de água e gênero para a gestão de recursos hídricos tanto no Brasil quanto na América Latina como um todo. Em 25 de outubro, a diretora da Área de Planejamento da ANA, Gisela Forattini abriu o evento. No primeiro dia também aconteceram três apresentações. A holandesa Alice Bouman-Dentener, da empresa DiploriA Soluções em Desenvolvimento Sustentável e integrante do GWP, falou sobre água e gênero no mundo. Com foco na realidade sul-americana a respeito do tema, Aldo Palacios, dirigente do GWP América do Sul, também fez apresentação. Daniela Nogueira, professora da Universidade de Brasília (UnB), abordou a questão da água e gênero no Brasil. Nesta quinta-feira acontecem três sessões temáticas sobre aprendizados e oportunidades na temática de água e gênero. A primeira considera a realidade de bacias amazônicas; a segunda trata da escassez e comunidades rurais; e a terceira discute indústria, poluição e resíduos. No fechamento do segundo dia da programação, estará em pauta a questão dos cenários para construção de uma proposta de água e gênero para a Política Nacional de Recursos Hídricos: ANA e Comissão do Fórum Cidadão do Fórum Mundial da Água. Nesta sexta-feira, 27 de outubro, haverá um debate sobre a construção de uma proposta de água e gênero para o Brasil. Na sequência serão apresentados os resultados e recomendações decorrentes das discussões da Oficina. Por fim, está prevista a elaboração de uma proposta de água e gênero para o Fórum Cidadão. Água e gênero na ANA Internamente a Agência Nacional de Águas instituiu o Comitê Pró-Equidade de Gênero (CPEG) por meio da Portaria ANA nº 326, de 22 de dezembro de 2016. Cabe ao grupo acompanhar e subsidiar a avaliação e o cumprimento dos objetivos, metas, prioridades e ações definidos no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM) dentro da instituição. Além disso, o grupo trabalha para erradicar desigualdades de gênero e formular estratégias em prol da equidade de gênero nas esferas internas da ANA. Recentemente, entre 4 e 5 de setembro, a ANA realizou o curso presencial Água e Gênero, cujo objetivo foi sensibilizar profissionais do setor de recursos hídricos sobre as assimetrias de gênero no que diz respeito à água.  Fórum Mundial da Água 2018 Em 2018, o Fórum Mundial da Água terá como tema “Compartilhando Água”. O evento será realizado entre 18 e 23 de março no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. A organização do 8º Fórum é realizada pelo governo federal (sendo a ANA uma das organizadoras), pelo Governo de Brasília e pelo Conselho Mundial da Água. Realizado pelo Conselho Mundial da Água e o país anfitrião, sob a coordenação do governo da cidade-sede, o Fórum Mundial da Água ocorre a cada três anos com o objetivo de aumentar a importância da água na agenda política dos governos, aprofundar discussões, trocar experiências para os atuais desafios e formular propostas concretas para o setor. As edições anteriores aconteceram em Marraquexe, Marrocos (1997); Haia, Holanda (2000); Quioto, Shiga e Osaka, Japão (2003); Cidade do México, México (2006); Istambul, Turquia (2009); Marselha, França (2012); e Daegu e Gyeongbuk, Coreia do Sul (2015). Texto:Raylton Alves - ASCOM/ANA Foto: Raylton Alves / Banco de Imagens ANA Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA
Câmara Técnica discute abastecimento de água em municípios atingidos pela tragédia de Mariana
Nesta quarta-feira, 25 de outubro, aconteceu a 16ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica Segurança Hídrica e Qualidade da Água (CT-SHQA) do Comitê Interfederativo (CIF) na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília. O grupo, que é coordenado pela diretora da Área de Planejamento da ANA, Gisela Forattini, busca oferecer ao CIF bases técnicas para deliberações relacionadas aos programas previstos no Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC), que contém o compromisso da Samarco Mineração, Vale e BHP Billiton Brasil para realização de programas para recuperação das regiões atingidas pelas consequências do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015. Depois da abertura da reunião pela diretora Gisela Forattini, aconteceu uma apresentação sobre o Sistema Integrado de Gerenciamento de Ações (SIGA), da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Em seguida, representante da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (SEAMA) fez apresentação sobre a qualidade da água em Itaúnas (ES). Na apresentação seguinte a Fundação RENOVA abordou a implementação das ações previstas nas diretrizes para repasse de recursos, apoio técnico e capacitação aos municípios afetados pelo rompimento da barragem de Fundão. Sobre o programa de melhoria dos sistemas de abastecimento de água, a ANA apresentou um informe do grupo de trabalho (GT) sobre abastecimento, enquanto a SEAMA tratou da finalização da programação de vistoria relacionada à cláusula nº 171 do TTAC. Segundo esta cláusula, a Fundação RENOVA deverá construir sistema alternativos de captação e adução de água nos municípios que tiveram a operação do sistema de abastecimento público inviabilizada pelos rejeitos de mineração decorrentes da ruptura da barragem de Fundão. Também caberá à Fundação melhorar as estações de tratamento de água nesses municípios. Na sequência, os membros da CT-SHQA discutiram o Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático (PMQQS), focado em água e sedimentos e lançado em 21 de julho para acompanhar a qualidade da água da bacia do rio Doce por meio de 36 pontos de monitoramento em Minas Gerais e 21 no Espírito Santo. No fechamento do encontro a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER-MG) apresentou o Zoneamento Ambiental Produtivo (ZAP). O TTAC O Termo de Transação de Ajustamento de Conduta foi assinado em 2 de março de 2016 por representantes da União, Minas Gerais, Espírito Santo, da Samarco Mineração (responsável pela barragem de Fundão), Vale e BHP Billiton Brasil (ambas controladoras da Samarco). O TTAC contém programas socioambientais e socioeconômicos para reparar, restaurar e reconstruir o meio ambiente e as comunidades impactadas pelo rompimento da barragem em Mariana. O CIF O Comitê Interfederativo é composto de representantes dos órgãos ambientais e de administração pública que firmaram o TTAC. O grupo tem entre suas atribuições opinar sobre os planos, programas e projetos, além de sugerir propostas de solução dos impactos causados pelo rompimento da barragem de Fundão. Também cabe ao CIF estabelecer canais de participação da sociedade civil. A bacia do rio Doce O rio Doce nasce em Minas Gerais, nas Serras da Mantiqueira e do Espinhaço, e percorre 850 quilômetros até desaguar no Oceano Atlântico, na cidade de Regência (ES). Sua bacia hidrográfica abriga aproximadamente 3,5 milhões de habitantes, distribuídos em 229 municípios (203 mineiros e 26 capixabas), perfazendo um total de 86.715km². A bacia do rio Doce tem fundamental importância no cenário econômico nacional. Nela está instalado o maior complexo siderúrgico da América Latina, além de grandes empresas de mineração e fornecedoras de celulose – responsáveis por grande parcela das exportações brasileiras de minério de ferro, aço e celulose –, o que confere especial importância aos recursos hídricos da bacia. Texto:Raylton Alves - ASCOM/ANA Foto: Raylton Alves / Banco de Imagens ANA Fonte: ANA - Agência Naciaonal de Águas
Comitês recebem R$ 1,4 mi para proteger rios da Grande Florianópolis
Essa verba será aplicada em ações dos comitês de bacias hidrográficas do Tijucas, Camboriú e Cubatão.  Os comitês de bacias hidrográficas dos rios Camboriú, Cubatão e Tijucas receberam apoio financeiro do governo do Estado de Santa Catarina para realizar trabalhos socioambientais na grande Florianópolis e Litoral Norte do Estado.  As entidades vão receber R$ 1,38 milhão, que será repassado à Associação Caminho das Águas do Tijucas. O modelo de parceria - integrando os comitês, a associação e o Estado - foi idealizado para garantir o desenvolvido de projetos educacionais e ambientais de forma direta, o que “deságua” na garantia de abastecimento para a Capital do Estado. O dinheiro será dividido entre as ações dos comitês. O objetivo é promover a manutenção administrativa das estruturas e a continuidade dos projetos ambientais de cada região. “O dinheiro vem em bom momento. Somos referência estadual e nacional”, afirma o vice-presidente do Comitê Tijucas-Biguaçu, Edison Roberto Mendes Baierle. A presidente do Comitê Cubatão-Madre, Sandra Eliane Michel, pediu maior atenção aos comitês catarinenses e garantias de que o recurso disponibilizado não falte às ações promovidas. Paulo Schmigel, do Comitê Camboriú, reforçou que a data era histórica para os comitês e uma mudança na forma do governo e da população entenderem a importância das bacias hidrográficas. “Nós dos comitês de bacias realizamos um trabalho muitas vezes voluntário e que precisa de maior atenção dos órgãos governamentais. A experiência do plano de bacias, por exemplo, mostra que as regiões envolvidas podem dar um salto em desenvolvimento científico, econômico, e também sustentável, e esse debate passa pelos comitês”, ressalta.   Pacto pela Mata Ciliar será mantido O recurso repassado pelo Estado vai oxigenar o Pacto Pela Mata Ciliar, implantado na Grande Florianópolis pelo Comitê de Bacia Hidrográfica dos Rios Tijucas-Biguaçu. O programa foi criado em 2011, quando foi instituída uma meta de recuperação de 50 mil hectares nas margens dos rios. Até agora, no entanto, apenas 7 mil hectares foram recuperados. Com a chegada dos recursos o objetivo será intensificar as ações. “Esse recurso vem subsidiar as atividades de sensibilização, educação e recuperação da mata ciliar na bacia toda, onde temos oito mil quilômetros de rios”, salienta Baierle. O presidente também acredita que é importante os municípios da região preservarem e ajudarem os comitês. Segundo avalia, não basta colocar a bomba nos rios para sugar os recursos hídricos. “É preciso uma união mais forte das cidades. Os governos municipais precisam entrar nessa luta conosco. A região precisa evoluir muito”, garante. Os comitês de bacias agora terão subsídio oficial para ajudar a preservar os mananciais que abastecem Florianópolis e cidades da região.  
Comitê da Bacia do São Francisco cria parcerias para replantar margens
Projeto prevê investimentos para ampliação de viveiro que fornece mudas de espécies endêmicas para replantio em locais estratégicos do “Velho Chico”.   Uma parceria entre o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), a Agência Peixe Vivo, o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF) e Prefeitura de Patos de Minas (MG) vai triplicar a produção de mudas destinadas à recuperação do “Velho Chico”. O viveiro, localizado em Patos de Minas, vai passar por reforma ganhando uma capacidade muito maior de produção. O projeto, encabeçado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, finalmente vai ser colocado em prática. Depois de oito anos de trabalho, foi assinado no final de julho um Termo de Cooperação Técnica entre as quatro entidades. O viveiro, que pertencente ao IEF, vai ganhar força com investimentos do CBHSF, com recursos da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos e gerenciados pela Agência Peixe Vivo. Intitulado “Plantando árvores, produzindo água, vamos matar a sede dos nossos rios”, o projeto vai favorecer a recuperação de matas ciliares, nascentes, áreas degradadas, recarga hídrica e programas de educação ambiental para as comunidades rurais, visando à conservação do solo e, consequentemente, à produção de água. De acordo com Wilson José da Silva, membro do CBHSF e autor do projeto, “temos que manter a água dentro dos cursos d’água. Para isso temos que reflorestar. Estamos investindo R$6 mi para manter o projeto pelo menos nos primeiros cinco anos, tendo possibilidade de dobrar a produção de mudas de acordo com a demanda”. O viveiro produz uma variedade de 491 espécies do cerrado. Hoje, a produção é de 200 mil mudas/ano e a expectativa é que aumente para 700 mil/ano.  Espera-se, com essa cooperação, recuperar aproximadamente 750 hectares de áreas onde a revitalização é necessária e estrategicamente importante para a melhoria da oferta hídrica. Viveiro  O viveiro localiza-se em terreno cedido pela prefeitura de Patos de Minas e possui uma área de 2,2 hectares. Produz 491 espécies nativas do Cerrado, além de plantas ornamentais para áreas urbanas. Qualquer pessoa pode adquirir mudas gratuitamente no viveiro. O endereço do viveiro é Rodovia MGT – 354, Km 177 – Fazenda Canavial, Patos de Minas. Projeto do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco reúne várias entidades em favor da revitalização do “Velho Chico”. As mudas serão plantadas em locais degradados do Rio.    
Bacia do Rio Doce terá nova rede de monitoramento
A bacia hidrográfica do Rio Doce ganhou uma nova rede de monitoramento da qualidade da água. O programa vai acompanhar a recuperação do rio, da zona costeira e da região do estuário, além de apontar fatores relacionados à biodiversidade e presença de metais na água, por exemplo. O rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015, causou um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil e deixou pelo menos 11 mortos, 12 desaparecidos e mais de 600 desabrigados. Os 62 milhões de metros cúbicos de lama despejados morro abaixo – que poderiam encher 25 mil piscinas olímpicas -  percorreram um trajeto de mais de 500 quilômetros pelo leito do rio Doce, desaguando no mar do Espírito Santo e causando destruição por onde passou. Passado mais de um ano e meio do desastre, e com as águas do Rio Doce bastante comprometidas, a bacia hidrológica ganha 56 pontos de monitoramento: 35 em Minas Gerais e 21 no Espírito Santo. Os dados desse programa vão começar a ser divulgados a partir de novembro. Depois disso cada tipo de análise terá uma periodicidade específica de divulgação. Serão investidos nesse programa R$ 4,4 milhões somente na instalação das estações. Além disso, outros R$ 2 milhões anuais serão aplicados na operação e manutenção dos equipamentos. Os custos são de responsabilidade da Fundação Renova, que executa as ações de reparações de danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão. As análises vão poder apontar se as ações de reparação de danos ambientais estão surtindo efeito. Segundo o especialista de recursos hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA) e coordenador da Rede Nacional de Monitoramento de Qualidade de Água, Maurrem Vieira, poucos países no mundo possuem o tipo de monitoramento implantado no Rio Doce. O “Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático de Água e Sedimentos” vai ajudar, entre outras coisas, a direcionar ações de recuperação, resgate e preservação de acordo com as necessidades das pessoas, da região e do Rio. Rio Doce recebeu milhões de metros cúbicos de lama de minério provenientes de barragem da mineradora Samarco que se rompeu contaminando todo o leito do Rio. Este foi o maior desastre ambiental do Brasil.