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CTCT propõe a realização de capacitações para povos e comunidades tradicionais da Bacia do São Francisco
Câmara Técnica fez a primeira reunião do ano nesta quarta (13), em Brasília A Câmara Técnica de Comunidades Tradicionais (CTCT), do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), vai propor à Diretoria do Comitê a realização de capacitações voltadas às populações tradicionais da região de influência do Velho Chico. As atividades deverão focar no desenvolvimento socioeconômico sustentável das comunidades nas quatro regiões fisiográficas da Bacia, de acordo com a proposta, em cooperação com instituições de ensino superior. A sugestão foi apresentada durante a primeira reunião do grupo deste ano, realizada nesta quarta-feira (13), em Brasília. Segundo o coordenador da Câmara Técnica, Uilton Tuxá, os conteúdos das primeiras ações de capacitação serão definidos após consultas dos integrantes da CTCT junto às comunidades tradicionais. “Identificamos que é possível trabalhar esse processo de formação dos povos e comunidades tradicionais no âmbito de toda a Bacia, aproveitando as instituições que estão presentes, como as universidades, inclusive como forma de não onerar tanto o custo para o próprio Comitê”, afirmou. Os membros da CTCT ressaltaram a importância de as ações estarem relacionadas com a recuperação de áreas degradadas, a preservação ambiental e a produção sustentável. A integrante da Câmara Angela Damasceno, indicada pela Colônia de Pescadores Z-12, lembrou que o Plano de Educação Ambiental da Bacia do Rio São Francisco, lançado recentemente pelo CBHSF, prevê atividades de formação continuada na Bacia. “Se o próprio Comitê tem um Plano que prevê a extensão e o braço na Agroecologia, a gente tem a fundamentação necessária para desenvolver as atividades com esse enfoque”, disse. A Câmara Técnica também defendeu a realização de atividades de formação de educadores quilombolas, para qualificar a atuação dos profissionais nos territórios. No encontro, os integrantes da CTCT discutiram ainda a apresentação de uma proposta à Diretoria do CBHSF para a elaboração de editais de programas e projetos voltados especificamente para as comunidades tradicionais da Bacia. “Os editais ocorrem hoje de forma geral, e as ações voltadas às comunidades tradicionais chegam de forma muito inferior à demanda que existe. Ao pensar programas voltados para esses públicos, com editais específicos, entendemos que há uma chance maior de atender as necessidades que existem”, destacou Tuxá. A Câmara Técnica também quer realizar levantamentos de dados e informações sobre as populações tradicionais que habitam a Bacia Hidrográfica do Velho Chico, e sobre as áreas ocupadas por essas comunidades. “Essa primeira reunião do ano vai nortear as ações que serão desenvolvidas nos próximos meses. Nós tiramos importantes encaminhamentos, e as propostas serão dialogadas com a Diretoria, para que possam ser executadas ao longo de 2024.” Chuvas no oeste da Bahia Os impactos das chuvas em municípios da Bacia do São Francisco também fizeram parte da pauta do encontro. De acordo com o coordenador da CTCT, Uilton Tuxá, a situação em comunidades indígenas e tradicionais da região do Riacho de Serra Branca, no município de Muquém do São Francisco, no Oeste da Bahia, é preocupante. “Nós estivemos no local, produzimos relatório, e de fato há um assoreamento que vem derrubando o barranco do Rio, o que ameaça uma estrada que dá acesso às comunidades. São mais de 3 mil pessoas que dependem dessa via, e a gente espera que o próprio Comitê tome para si a responsabilidade de iniciar as tratativas internamente, e com outros órgãos, para resolver a situação. A estrada precisa estar assegurada porque é o meio de entrada das políticas públicas que atendem aqueles povos”, afirmou. Campus Intercultural da UNEB A instalação do Campus da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no município de Jeremoabo, voltado para Povos Indígenas, Comunidades Quilombolas e Campesinas — resultado de uma parceria entre a UNEB, a Prefeitura e o CBHSF –, também foi celebrada pelos integrantes da CTCT. A professora da UNEB Floriza Maria Sena Fernandes, integrante da Câmara Técnica, atualizou as informações sobre a estruturação do espaço. “O Comitê da Bacia, junto com a Agência Peixe Vivo e a Pró-Reitoria de Infraestrutura da UNEB estão fazendo os encaminhamentos para, ainda neste semestre, realizar a licitação e começar as obras. Em relação aos projetos pedagógicos de criação de novos cursos, estamos em articulação com as comunidades indígenas e povos tradicionais, e a reitora já criou no Conselho Superior da UNEB o Campus Intercultural, que é o de número 26 da Universidade”, relatou Fernandes. FONTE: Assessoria de Comunicação do CBHSF: TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social *Texto: João Pedro Netto *Fotos: João Pedro Netto
Estado de Pernambuco inicia diagnóstico do programa estadual de revitalização das bacias hidrográficas
Em um grande movimento que deve garantir o conhecimento sobre os principais problemas dos rios no Estado de Pernambuco, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), em parceria com o Governo Federal, entrou na fase de diagnóstico do estudo do Programa Estadual de Revitalização de Bacias Hidrográficas. Na última quinta-feira (07) o Plano de Trabalho Detalhado foi apresentado. No estado de Pernambuco, as bacias hidrográficas deságuam no rio São Francisco ou diretamente no Oceano Atlântico. Com 16 Unidades de Planejamento, caracterizando a Divisão Hidrográfica Estadual, praticamente metade dos principais rios deságuam no São Francisco sendo eles: Pontal, Garças, Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxotó, Ipanema, além de grupos de pequenos rios interiores. O estudo, então, deve garantir melhor qualidade da água que chega ao São Francisco. “Esse é um momento extremamente importante para a bacia do São Francisco e para o estado de Pernambuco e as bacias estaduais. Entendemos, enquanto Comitê de Bacia, que é essencial somar forças. Temos o plano de revitalização da bacia do São Francisco somando-se ao plano de revitalização de Pernambuco e Bahia, que deverá ser atualizado esse ano. Dessa forma, a gente soma força dos estados, do Governo Federal, e também precisamos inserir os municípios nesse processo, com a participação da sociedade civil e dos usuários de recursos hídricos. Então, precisamos fortalecer a cada momento as parcerias, porque a revitalização não vai ser alcançada por um único órgão, a revitalização tem que ser construída a muitas mãos”, afirmou o coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Cláudio Ademar. O estudo que está na fase de diagnóstico ambiental, tem o prazo de um ano e ainda deve elaborar os diagnósticos socioeconômico e institucional, mapeamento de degradação, hierarquização de áreas prioritárias, mecanismos, estratégias de revitalização, além da elaboração de no mínimo dez projetos ambientais para o Estado, e cinco projetos por bacia hidrográfica considerada como de alta prioridade. O portfólio de projetos executivos estruturantes visa ampliar a segurança hídrica no estado; e a partir disso, a APAC poderá obter financiamentos para execução dos projetos. “Convidamos o Comitê do São Francisco, que é nosso grande parceiro, para participar das discussões. O estado de Pernambuco se sente muito honrado em ter a parceria com o governo Federal e trazer para o âmbito da política pública do estado o alicerce desse programa”, afirmou a presidente da APAC, Suzana Montenegro. 
Transição para Sistemas Alimentares sustentáveis pode gerar múltiplos benefícios para o Brasil
Os sistemas responsáveis pela produção dos alimentos estão repletos de contradições. Eles permitem que a comida chegue nos nossos pratos todos os dias e, assim, garantem a nossa vida, além de ser a fonte de renda de milhões de pessoas ao redor do mundo.  Porém, da forma como estão estruturados atualmente, produzem impactos inaceitáveis em diversos níveis – ambiental, socioeconômico e na saúde da população –, manifestando-se inclusive através de doenças associadas a subnutrição e fome, assim como à obesidade e ao sobrepeso. O Brasil, um grande produtor e exportador de alimentos, enfrenta múltiplos desafios e oportunidades em seu complexo sistema alimentar. Isso se dá pelo seu papel como exportador global de commodities – fator que contribui fortemente para a monotonia da produção e do consumo de alimentos no país, concentrando-as em algumas grandes cadeias como a pecuária, o milho e a soja – e a necessidade de superar o desafio imediato de ter mais de metade de sua população em algum grau de insegurança alimentar, como demonstrou o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar, lançado pela  Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN) em 2023. Esses impactos podem, e devem, ser reduzidos a partir de uma transição do atual modo de produção e consumo de alimentos para os chamados “sistemas alimentares sustentáveis”. Essa mudança não só resultaria em alimentos mais saudáveis na mesa de todos e uma produção que respeite a natureza, as florestas e evita desperdícios, como também geraria benefícios econômicos para o Brasil e o mundo. O que são sistemas alimentares sustentáveis, e quais os benefícios sociais, econômicos e ambientais que eles podem fornecer ao Brasil e ao mundo? Confira neste artigo uma contextualização desse conceito e os resultados mais recentes de estudos que calculam custos e benefícios de um sistema de produção de alimentos que prioriza a segurança alimentar e nutricional da população atual e das futuras gerações. O que são sistemas alimentares sustentáveisO conceito de "Sistemas Alimentares" é amplo – se refere a todos os elementos e atividades relacionados a todas as etapas que envolvem a produção e o consumo de alimentos. Esses elementos podem ser recursos naturais, processos, infraestruturas, instituições e, principalmente, pessoas. E as etapas se referem a produção agropecuária, processamento, distribuição e consumo dos alimentos. Em outras palavras, os Sistemas Alimentares envolvem tudo o que for relacionado à comida desde o plantio até o chegar aos nossos pratos, incluindo todas as questões sociais, econômicas e ambientais envolvidas. Porém, um crescente corpo de estudos e pesquisas científicas têm mostrado que os sistemas alimentares atuais possuem grandes problemas. São questões que vão desde a exploração predatória de recursos naturais aos incentivos – inclusive financeiros, mercadológicos e políticos – que beneficiam alguns setores e cadeias produtivas em detrimento de outras, e resultam por exemplo na falta de acesso a alimentos nutritivos por grande parte da população. Por isso, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) desenvolveu o conceito de Sistemas Alimentares Sustentáveis. São sistemas que proporcionam segurança alimentar e nutricional para todos, sem comprometer as bases econômicas, sociais e ambientais da segurança alimentar e nutricional de gerações futuras. Os custos ocultos de um sistema não sustentávelTransformar os sistemas alimentares atuais em sistemas sustentáveis é uma tarefa complexa e serão necessários investimentos significativos para a implementação de ações coordenadas. Pesquisas recentes estão mostrando que os benefícios superariam muito os investimentos. A Comissão Econômica dos Sistemas Alimentares (FSEC, na sigla em inglês) é um grupo independente de cientistas que se propôs a analisar e entender quais custos são esses, comparando um cenário em que não há transformação nos sistemas com outro que busca tornar esses sistemas sustentáveis. A partir de modelagem econômica, cálculos de custos e revisão de literatura, a FSEC apresentou o Global Policy Report, um estudo global lançado no final de janeiro de 2024 que traz um panorama amplo dos problemas associados ao modelo atual de produção e consumo de alimentos. O trabalho calcula os custos para a sociedade e explora potenciais caminhos para a solução destes problemas. Os resultados mostram o impacto que a produção e distribuição de alimentos têm nas emissões de gases de efeito estufa, contribuindo com o aquecimento global, na insegurança alimentar e na fome, nos custos de saúde com obesidade e má nutrição, no desperdício de alimentos, no desmatamento e má gestão do solo, entre outros. São custos geralmente ocultos e não contabilizados por cálculos econômicos tradicionais. A magnitude destes custos é proporcional ao tamanho da complexidade dos sistemas alimentares a nível global: a FSEC estimou que esses custos representam um prejuízo de US$ 15 trilhões por ano, o equivalente a 12% do Produto Interno Bruto (PIB) de todos os países do mundo.  Já o cenário que prevê uma transformação sustentável mostra que é possível reverter esses prejuízos. Ele considera transformações nas seguintes áreas: Dietas saudáveis para todos Segurança alimentar em todo o sistema Conservação da natureza e restauração de áreas degradadas Produção agropecuária ambientalmente sustentável Sistemas alimentares resilientes que mantenham a segurança alimentar e nutricional ao longo prazo Com essas mudanças, a FSEC estima que os benefícios dos sistemas alimentares sustentáveis, calculados a partir da lógica dos custos evitados ao se reduzir os impactos negativos do modelo atual e comparados aos investimentos necessários para a transição, podem chegar a US$ 10 trilhões por ano até 2050, através da implementação coordenada e complementar de uma série de medidas tecnológicas, políticas e sociais. Os custos ocultos no BrasilComo o Brasil entra nesse cenário global? Em fevereiro, durante o Fórum de Finanças Climáticas em São Paulo, a FSEC apresentou, em parceria com a The Food and Land Use Coalition (Coalizão sobre Alimentos e Uso da Terra), o WRI Brasil, a Systemiq e a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, um anexo do relatório global que fez um estudo de caso sobre o Brasil.  O Brasil é um grande exportador de produtos agrícolas, mas essa produção também tem muitos custos ocultos embutidos. A pecuária é um exemplo. O país é o segundo maior exportador de carne bovina no mundo, mas essas exportações não consideram os custos socioambientais do desmatamento na Amazônia e no Cerrado, por exemplo. Mesmo sendo grande produtor agropecuário, o Brasil ainda enfrenta situações de insegurança alimentar e fome, e tem uma agricultura vulnerável ao clima e às mudanças climáticas. Esses elementos fazem com que a transição para sistemas alimentares mais sustentáveis, considerando a necessidade de garantir o acesso aos alimentos por parte da população, seja urgente no país. O estudo mostra que os custos ocultos no Brasil chegam a um prejuízo de US$ 500 bilhões por ano, especialmente por conta de emissões de gases de efeito estufa, poluição por nitrogênio, desmatamento e perdas de produtividade decorrentes do consumo de dietas pouco diversas ou saudáveis. Neste caso, o cenário de transformação para sistemas alimentares sustentáveis gera um benefício em custos ocultos evitados de US$ 216 bilhões até 2050. Os dados mostram que o Brasil tem a oportunidade de transformar seus sistemas de uso da terra e alimentos e, simultaneamente, alcançar resultados econômicos mais robustos e equalitários, a proteção e a restauração ambiental, melhorar os meios de subsistência e acabar com a fome. Para isso, o país precisa ter uma estratégia integrada de segurança alimentar, produção em grande escala de alimentos diversos e proteção florestal, alinhando incentivos públicos, investimentos e ação local. Uma solução transversal a todas as outrasA produção de alimentos e as mudanças no uso da terra representam atualmente um terço das emissões globais de gases de efeito estufa, e os efeitos das mudanças climáticas atingirão desproporcionalmente pequenos produtores rurais, populações vulneráveis e comunidades tradicionais.   Para o WRI Brasil, fazer a transição para sistemas alimentares sustentáveis é urgente para garantir a segurança alimentar e nutricional da população, assim como um meio ambiente sadio e seguro para as futuras gerações. A abordagem sistêmica para a transformação da produção e o consumo de alimentos é fundamental e permite identificar alavancas, relações de causa e efeito entre diferentes elementos do sistema alimentar e identificar prioridades de ação, sempre considerando possíveis perdas e ganhos associados às intervenções. Também permite enfrentar múltiplos problemas, do combate ao desmatamento de florestas tropicais, passando pelo combate à pobreza e a fome, até o consumo de alimentos nutritivos pela população. Fazer essa mudança será fundamental para colocar o Brasil no caminho de uma transição justa para uma próspera economia de baixo carbono.      
Implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais pode ser acessada no Painel de Indicadores do Sisema
A implementação das ações previstas no Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) e no seu Manual Operativo (MOP) 2023-2025 pode ser agora acompanhada pelo Painel de Indicadores do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema). Os dados estão disponíveis à sociedade de forma simples, interativa e ágil. ???No painel será possível encontrar as ações, os indicadores e as metas que visam à proteção das águas e o desenvolvimento sustentável do Estado.“O Igam tem buscado continuamente formas de aumentar o grau de implementação do PERH, trabalho que tem sido executado pelo Sisema em conjunto com os entes integrantes do Sistema de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, como o Conselho Estadual de Recursos Hídricos, os Comitês de Bacia Hidrográficas e as entidades equiparadas a Agências de Bacias. ?A publicação dos dados no painel de indicadores trará ainda mais transparência à sociedade sobre a conjuntura das ações em execução, possibilitando acompanhar o desempenho da gestão das águas mineiras”, comenta o diretor-geral do Igam, Marcelo da Fonseca.O lançamento oficial do painel PERH e MOP será realizado durante a Semana da Água 2024, que acontece de 18 a 22 de março de 2024.O Painel de Indicadores do Sisema, desenvolvido e mantido pela Assessoria Estratégica, é uma ferramenta que concede maior transparência aos resultados alcançados pelos órgãos ambientais no Estado. De acordo com o Assessor Estratégico Éder Rocha Coura, “a inclusão de novos conteúdos ao Painel de Indicadores do Sisema reflete o compromisso de desenvolver políticas públicas ambientais cada vez mais pautadas em dados e com foco no alcance de resultados que tragam melhoria ambiental ao Estado de Minas Gerais. O acréscimo das informações de implementação do PERH agrega bastante ao Painel, que agora conta com uma seção específica para instrumentos de gestão ambiental”, disse.O Painel de Indicadores do Sisema encontra-se disponível no site de todas as instituições do Sisema, incluindo o site institucional do Igam e no Portal InfoHidro. Já no painel, acesse o ícone “Instrumentos de Planejamento e Gestão” para navegar nas informações do PERH.   Acesse, clicando aqui   Plano Estadual de Recursos HídricosO PERH, elaborado em 2010, foi aprovado pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) conforme Deliberação CERH/MG, n.º 260, de 26 de novembro de 2010 e pelo Governo de Minas por meio do Decreto Estadual n.º 45.565, de 22 de março de 2011. É um instrumento central na gestão das águas por orientar o planejamento racional dos recursos hídricos e o uso sustentável do território mineiro.Em 2020, foi realizada a 1ª avaliação da implementação do PERH que atingiu um grau de implementação de aproximadamente 33%, valor considerado “Ruim” segundo as faixas estabelecidas no índice. Em 2023, a segunda avaliação apresentou um índice de 58%, subindo de faixa para “Razoável”. A melhora nos resultados foi fruto de uma maior interação entre os entes do SEGRH em prol da execução das ações previstas. Uma das atividades desenvolvidas foi a elaboração do Manual Operativo.“O MOP do PERH foi elaborado de forma conjunta com os entes do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos (os órgãos do Sisema, entidades equiparadas às Agências de Bacias e CERH) tendo como horizonte de execução 2023-2025” explica a diretora de Planejamento e Regulação do Igam, Jeane Dantas de Carvalho.A 1ª avaliação de implementação do MOP, ano base 2023, também está disponível no Painel de Indicadores do Sisema.Processo de Revisão do PERHIniciada em 2022, a revisão do PERH terá continuidade em 2024, com a previsão de dois novos produtos:?"Diretrizes estratégicas para aprimoramento do SEGRH" e "Diretrizes para Aprimoramento dos Instrumentos de Gestão - Planos de Recursos Hídricos".O novo PERH-MG terá sua construção alinhada ao conteúdo estabelecido no Plano Nacional de Recursos Hídricos (2021-2040), concluído em 2022, bem como com os 37 Planos Diretores de Bacias Hidrográficas, referentes às 36 circunscrições hidrográficas e os rios do Leste. Segundo o gerente de Planejamento de Recursos Hídricos (Gplan) do Igam, Allan Mota, “o planejamento integrado e pactuado é capaz de potencializar a implementação das ações previstas, fortalecendo a gestão e favorecendo melhores resultados. Isso confere maior assertividade ao sistema de gerenciamento das águas”, explicou.ENVIE SUA CONTRIBUIÇÃO.Envie sugestões para o conteúdo mínimo que a atualização do PERH-MG deve abordar, envie suas sugestões para o e-mail abaixo, dedicado ao plano.Contato:? Este endereço de e-mail está sendo protegido de spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. GomesAscom/Sisema
Inscrições para oficina nacional do Programa de Ações Estratégicas na Bacia Amazônica vão até 22 de fevereiro
AAgência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) realizarão, em 27 e 28 de fevereiro, a Oficina Nacional do Programa de Ações Estratégicas na Bacia Amazônica. O evento acontecerá na sede da OTCA, em Brasília, com transmissão ao vivo pela plataforma Zoom. Os(as) interessados(as) em participar podem se inscrever até a próxima quinta-feira, 22 de fevereiro, pelo link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd1_mvJvzdgzJWFnZlcPkvjFfVp09VbjTsRB2igJL180WK0Ag/viewform. Essa oficina tem o objetivo de fortalecer a gestão integrada de recursos hídricos, ampliar a capacidade das comunidades amazônicas de se adaptarem aos impactos das mudanças climáticas e garantir informações compatíveis em toda a bacia para a tomada de decisões.  A programação contará com apresentações sobre o Programa de Ações Estratégicas (PAE) do Projeto Bacia Amazônica, assim como as oportunidades e desafios da implementação dessa iniciativa no Brasil. Também serão abordados os resultados dos Diálogos Amazônicos e possíveis contribuições para a implementação do PAE, além do progresso técnico das intervenções do Projeto. Serão discutidos em grupos de trabalho tanto a agenda técnica quanto os desafios para a implantação do PAE, a capacitação em equidade de gênero e aspectos culturais relativos à participação dos povos e comunidades tradicionais da Amazônia na gestão dos recursos hídricos. Projeto Bacia Amazônica O Programa de Ações Estratégicas do Projeto Bacia Amazônica apoia os países amazônicos a melhorar a adaptação às mudanças climáticas e a fortalecer a capacidade nacional e a governança regional da gestão integrada de recursos hídricos. Além disso, a iniciativa busca garantir a produção de dados regionais consolidados para melhorar a tomada de decisões e a coordenação das águas da Amazônia, desde as nascentes nos Andes até a foz do rio Amazonas, para promover um ecossistema mais saudável na região. Mais de 7,8 milhões de pessoas que vivem na bacia Amazônica – 20% do total – já foram beneficiadas pelas ações do Projeto, segundo dados da OTCA e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A ação realizou o monitoramento ambiental integrado de 600 milhões de hectares e estabeleceu autoridades nacionais de água (nos moldes da ANA) na Guiana e no Suriname. Também foram capacitados 1,4 mil profissionais da região e 10 mil membros de comunidades locais na temática da gestão integrada de recursos hídricos. A iniciativa é financiada pelo Global Environment Facility (GEF) e conta com a atuação do PNUMA, da OTCA e da ANA no âmbito do Brasil. Jornada da Água 2024  A oficina é realizada no contexto da Jornada da Água 2024, que prevê uma série de atividades, campanhas e eventos durante todo o ano. O tema apresentado pela ANA para o Dia Mundial da Água deste ano e para nortear as ações da Agência durante 2024 dentro da Jornada – A Água nos Une, o Clima nos Move – foi concebido para sensibilizar a sociedade, os membros da Administração Pública, os atores dos setores de recursos hídricos e saneamento básico, entre outros entes estratégicos para o cuidado com as águas do Brasil. Acesse o hotsite temático da Jornada em: https://jornadadaagua.ana.gov.br. 
RELATÓRIO CONJUNTURA DOS RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL ATUALIZA INFORMAÇÕES SOBRE ÁGUAS DO PAÍS
Um raio X sobre as águas do País. Assim pode ser definido o relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2023 – Informe Anual, publicação lançada nesta sexta-feira, 2 de fevereiro, pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), durante com as participações da diretora-presidente interina, Ana Carolina Argolo, e dos diretores interinos Marcelo Medeiros e Nazareno Araújo, além da superintendente de Estudos Hídricos e Socioeconômicos, Ana Paula Fioreze. Produzido anualmente pela instituição, o Conjuntura é uma referência que apresenta informações atualizadas sobre a gestão e situação dos recursos hídricos no País a partir de indicadores e estatísticas. Nessa atualização são considerados dados principalmente de 2022 e acontecimentos relevantes de 2023. A publicação apresenta atualizações sobre disponibilidade hídrica e qualidade da água, usos do recurso, efeito da mudança climática e ações para garantir a segurança hídrica. Em 2022, a retirada total de água estimada no Brasil foi de 2.035,2 m³/s ou 64,18 trilhões de litros no ano. Os principais uso de água no Brasil, que utilizaram cerca de 84% do volume de água retirada, foram a irrigação (50,5%), o abastecimento urbano (23,9%) e a indústria (9,4%). Outros usos considerados foram o uso animal (8%), as termelétricas (5%), o abastecimento rural (1,6%) e a mineração (1,6%). Em 2022, mais de 1,5 milhão de pessoas foram afetadas por cheias (alagamentos, enxurradas e inundações) no Brasil. Por outro lado, cerca de 7 milhões de pessoas foram afetadas por secas e estiagens (fenômenos mais passageiros), sendo que aproximadamente metade delas vivem no Nordeste, região que contabilizou 45% dos registros desse tipo de fenômeno no País. O Conjuntura informa que ocorreu uma intensificação dos eventos climáticos extremos com o fenômeno La Niña em 2022 e até o início de 2023 e com o El Niño mais recentemente, que culminou em chuvas extremas no Sul e em seca no Norte e no Nordeste em 2023. A associação do El Niño com o aquecimento das águas do Oceano Atlântico Tropical Norte favoreceu chuvas abaixo da média, resultando em níveis mínimos históricos de rios do Norte no último ano. De acordo com a melhor informação disponível, o Brasil recebeu um volume de água sob a forma de chuva equivalente a 15,04 trilhões de metros cúbicos em 2021. Por outro lado, a evapotranspiração correspondeu a 8,51 trilhões de m³. Da parcela da chuva restante, uma parte infiltrou no solo, alcançando as reservas de água subterrânea, e outra chegou a rios e córregos a partir do escoamento. Escoaram em rios no território nacional cerca de 9,5 trilhões de m³ de água, dos quais 3,3 trilhões de m³ de água correspondem à contribuição dos rios provenientes de outros países amazônicos. No total saíram do País 9,2 trilhões de m³ de água dos rios para o mar e 358 bilhões m³ para países vizinhos. Para poder monitorar rios e chuvas, existe a Rede Hidrometeorológica Nacional com estações espalhadas por todo o País e cuja operação é realizada por diferentes instituições. Em 2022, essa rede tinha mais de 23 mil estações. Desse total a ANA gerenciou diretamente 4.780 estações, sendo 2.836 pluviométricas (monitoram chuvas), e 1.944 estações fluviométricas (monitoram os rios). Além disso, em 2022 havia 2.933 pontos de monitoramento de qualidade de água em operação em 24 unidades da Federação. Para garantir a segurança hídrica, em 2022, a ANA participou da elaboração de 38 processos de alocação de água, publicação de três marcos regulatórios e 12 campanhas de fiscalização de uso de recursos hídricos em rios de domínio da União (interestaduais e transfronteiriços) – resultando em 158 usuários vistoriados, e na aplicação de 233 Autos de Infração. A Agência também emitiu três resoluções para efetivar as medidas indicadas no Plano de Contingência para Recomposição dos Volumes de Reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) nas bacias dos rios Paranaíba e Grande durante o período úmido 2022/2023, com foco na segurança hídrica e na garantia dos usos múltiplos da água em 2023 e nos anos seguintes. Também estiveram em atividade seis Salas de Crise (Região Sul, Paranapanema, Doce, Pantanal, Parnaíba e Madeira) e três Salas de Acompanhamento (Sistemas Hídricos Paraíba do Sul, São Francisco e Tocantins), com realização de 89 reuniões com os atores envolvidos. Estavam em funcionamento no país, em 2022, dez comitês de bacias hidrográficas interestaduais e 238 comitês de bacias estaduais, e já haviam sido desenvolvidos 12 planos de bacias interestaduais, 195 planos de bacias estaduais e 26 planos estaduais de recursos hídricos. A arrecadação através da cobrança pelo uso dos recursos hídricos totalizou R$ 460 milhões em bacias de domínio estadual e R$ 138,68 milhões em bacias interestaduais em 2022. O relatório é a terceira publicação do atual ciclo do Relatório Conjuntura, que teve início em 2021, com o lançamento do Relatório Pleno, que contém o diagnóstico e o prognóstico do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) com horizonte até 2040. O levantamento será complementado pelos Informes de 2022, 2023 e 2024 para encerrar o ciclo atual das publicações do Conjuntura, sendo que todas as edições podem ser acessadas em: https://www.snirh.gov.br/portal/snirh/centrais-de-conteudos/conjuntura-dos-recursos-hidricos. O Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) é a principal referência para a gestão das águas do País, tendo a ANA papel central na sua implementação. Esse é um instrumento estratégico que busca consolidar e orientar as ações estratégicas voltadas ao fortalecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH), à melhoria das condições de qualidade e quantidade de água, à implementação dos instrumentos de gestão e ao estabelecimento das interfaces com as diversas políticas relacionadas aos recursos hídricos.   FONTE: Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM) da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)    
ANA LANÇA ESTUDO SOBRE IMPACTOS DA MUDANÇA CLIMÁTICA NOS RECURSOS HÍDRICOS DAS DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL
Como a mudança climática impacta as águas das diferentes regiões do Brasil? Para responder a essa e outras perguntas, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) lançou a primeira edição do estudo Impacto da Mudança Climática nos Recursos Hídricos do Brasil. O lançamento aconteceu durante a . O novo levantamento da ANA apresenta de forma inédita, considerando a escala de sub-bacia, os efeitos da mudança climática na disponibilidade de água no Brasil e pode ser utilizado como referência para o planejamento e a gestão dos setores de recursos hídricos e de saneamento básico por parte de comitês de bacias, órgãos públicos que cuidam dessa temática, pesquisadores e usuários de água. Esse estudo indica um cenário com tendência de redução na disponibilidade hídrica para quase todo o País, incluindo grandes centros urbanos e regiões importantes para produção agrícola, como a bacia do rio São Francisco, considerando cenários de curto, médio e logo prazo – respectivamente os períodos de 2015 a 2040, de 2041 a 2070 e de 2071 a 2100. Segundo a publicação, a disponibilidade hídrica pode cair mais de 40% em regiões hidrográficas do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e parte do Sudeste até 2040. Com essa redução, existe uma tendência de aumento do número de trechos de rios intermitentes (que secam temporariamente) especialmente na região Nordeste. Essas situações demandam preparação e podem afetar a geração hidrelétrica, a agricultura e o abastecimento de água nas cidades dessas regiões. Por outro lado, o Sul possui uma tendência de aumento da disponibilidade hídrica em até 5% até 2040, mas com uma maior imprevisibilidade e um aumento da frequência de cheias e inundações, como vem ocorrendo na região nos últimos anos.As tendências dos impactos da mudança do clima por bacia hidrográfica, indicadas no estudo, são apresentadas na escala adequada para a decisão por autoridades e usuários e podem ser usadas para aprimorar medidas de adaptação a esse cenário a partir do aperfeiçoamento da gestão de recursos hídricos, da busca por fontes alternativas de água, do uso mais racional desse recurso e da infraestrutura diante dos possíveis cenários de mudança climática, tornando as populações mais resilientes a esse quadro. Saiba mais os destaques regionais desse estudo da ANA. Destaques regionais Centro-Oeste Dentre as cinco regiões, o Centro-Oeste possui uma maior divergência entre as tendências das projeções dos diversos modelos climáticos, o que traz incertezas nas condições futuras do clima da região. Ainda assim, é necessário avaliar a adoção ou não de medidas que considerem possíveis cenários de escassez hídrica na região. Com a necessidade de aprimoramento dos instrumentos de tomada de decisão mesmo sob incertezas, o Centro-Oeste é uma região estratégica por ter nascentes de importantes rios – como o Tocantins, o Araguaia, o Paraguai e afluentes formadores do rio Paraná– e por concentrar grandes áreas de produção agrícola. Nordeste No Nordeste há uma tendência de redução das vazões dos rios e dos volumes médios de chuvas, trazendo uma perspectiva de diminuição da disponibilidade de água da região e intensificação da seca tanto no Semiárido quanto na faixa litorânea. Com isso, o estudo indica a necessidade de medidas de convívio com períodos de seca mais severos e prolongados, que levem ao aumento da oferta de água e à racionalização dos usos na região semiárida e no litoral nordestino. Norte De acordo com o estudo da ANA, o Norte possui tendência de redução nas vazões e volumes médios de chuvas e a perspectiva de secas mais frequentes e intensas nessa região que abriga grande parte da Amazônia. Esse quadro requer medidas de gestão da demanda hídrica no Norte, incluindo o aprimoramento da infraestrutura da região para possibilitar a mobilidade para comunidades mais isoladas que dependem da navegação em rios para se locomoverem e serem abastecidas, além de preparação para a proteção dos ecossistemas em um cenário de maior escassez de água. Sudeste O Sudeste ainda apresenta certa divergência entre os resultados dos modelos, mas predomina, sobretudo na faixa litorânea, a tendência de redução nas vazões em função da mudança climática, ocasionando a diminuição da disponibilidade de água nas bacias hidrográficas do Sudeste. Como a região concentra a maior população regionale grandes centros urbanos – como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte –, é necessário investir em estratégias de adaptação à mudança do clima, maior eficiência no uso e na gestão de recursos hídricos e ampliação da infraestrutura hídrica para as populações mais vulneráveis. Sul Diferente do restante do Brasil, o Sul possui uma tendência de aumento na disponibilidade hídrica. No entanto, há uma tendência de aumento de imprevisibilidade climática na região, com eventos concentrados de cheias e secas, e, por isso, será necessário adotar medidas de preparação para oscilações desde excesso de água até a escassez do recurso. Será necessário, ainda, adotar medidas de gestão da demanda hídrica e considerar a questão da infraestrutura de proteção contra cheias. Jornada da Água 2024 A Jornada da Água 2024 prevê uma série de atividades, campanhas e eventos durante todo o ano. O tema do Dia Mundial da Água que será apresentado na live será referência para as ações da Jornada, que foi concebida para sensibilizar a sociedade, os membros da Administração Pública, os atores dos setores de recursos hídricos e saneamento básico, entre outros entes estratégicos para o cuidado com as águas do Brasil. Participaram da live de lançamento da Jornada a diretora-presidente interina da Agência, Ana Carolina Argolo; os diretores interinos Nazareno Araújo e Marcelo Medeiros; o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; o ministro das Cidades, Jader Filho; e o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco. O Dia Mundial da Água Em 22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial da Água em solo brasileiro. A data foi lançada durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como Eco-92, no Rio de Janeiro, como um esforço da comunidade internacional para colocar em pauta as questões essenciais que envolvem os recursos hídricos no planeta. Em 2024 o tema definido para o Dia Mundial da Água pela ONU é Água para a Paz.   Fonte:  Com informações da Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM) da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
Membros do CBHSF participam do encontro do Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas
Durante os dias 23, 24 e 25 de janeiro, membros do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) se reuniram com o colegiado coordenador do Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas (FNCBH) para tratar e organizar as atividades de 2024. Entre os diversos pontos tratados, foram discutidos a criação e composição de grupos de trabalho, comissões temáticas especializadas e a elaboração de modelo para encontros regionais, o ERCOB. O evento foi realizado na Associação Mineira de Municípios, em Belo Horizonte (MG). O coordenador da Câmara Consultiva Regional (CCR) Alto São Francisco, Altino Rodrigues Neto, ressaltou a importância de realizar um encontro nacional com membros de diferentes comitês, já que o fórum fortalece a política para administração e gestão dos recursos hídricos. “O Fórum Nacional é o nosso braço de articulação política. É através dele que escutamos as experiências de todos os comitês do Brasil. Hoje, temos o primeiro encontro dessa nova diretoria e desse novo colegiado, do qual o Rio São Francisco faz parte. Nós alinhamos as propostas para organizar as ideias, para assim atingirmos os objetivos com relação às políticas públicas para recursos hídricos”, explicou Altino. Entre os direcionamentos e discussões realizadas durante o encontro, Altino Rodrigues, em nome da CCR Alto São Francisco, indicou a presidenta do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, Poliana Valgas, para participar da Comissão Temática Especializada de Mudanças Climáticas do FNCBH, que aceitou a indicação. “Vamos compor a comissão de Mudanças Climáticas, para a qual fomos indicados pelo CBH São Francisco, e sabemos da importância de discutir um problema tão latente como esse. Esses eventos extremos climáticos irão compor as pautas dos encontros regionais que vão ocorrer em todo o país”, comentou Poliana. O secretário executivo do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Almacks Luiz Carneiro da Silva, que também esteve presente no encontro, destacou a participação do comitê frente ao fórum. “O CBHSF é um comitê que está presente em seis estados e no Distrito Federal, que ainda possui a responsabilidade de compartilhar água por meio da bacia compartilhada, e jamais o nosso presidente, José Maciel, poderia deixar de apoiar as ações do Fórum Nacional. Como ele não pode estar presente, estou aqui representando-o, além de contar com a presença do coordenador da CCR Alto São Francisco, Altino Rodrigues, e da presidenta do CBH Rio das Velhas, Poliana Valgas”. Confira mais fotos do encontro: Encontro Regional dos Comitês de Bacias Previstos para acontecer ao longo deste ano, os Encontros Regionais dos Comitês de Bacias (ERCOB), para cada região do Brasil, também foram discutidos. Em relação ao nacional e ao encontro mineiro, o coordenador-geral do Fórum Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas (FMCBH), Wilson Acácio, explicou que esses encontros possuem caráter técnico e orientador. “Durante três dias nós estamos debatendo as políticas ligadas aos recursos hídricos do Brasil. Há depoimentos de rios que já secaram em Minas Gerais, portanto, devido à situação de crise, que possamos levar às autoridades constituídas, sejam elas na escala Federal ou Estadual, avaliações para que eles possam ter recursos técnicos, recursos financeiros, equipamentos e tecnologia para os projetos e programas. Altino Rodrigues entende que os ERCOBs serão encontros muito promissores mas, especificamente para o encontro do Sudeste, há ainda questões a serem trabalhadas principalmente na esfera política e de recursos financeiros. “É desafiador realizar um encontro deste, já que estamos em uma área onde existe a maior concentração de comitês no Brasil, em função especificamente de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Portanto, estão faltando ainda alguns ajustes que são de ordem política. Nós não estamos contando com o devido apoio e respaldo do governo do Estado de Minas Gerais, e entendemos que a construção tem que ser feita com outros atores porque há uma limitação de recursos financeiros”. O Encontro de Comitês de Bacias Hidrográficas da Região Sudeste está previsto para ocorrer em julho, na cidade de Belo Horizonte (MG). A data ainda será definida. Mais sobre o encontro Durante o primeiro dia do encontro, o diretor-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas, Marcelo da Fonseca, apresentou um mapeamento sobre o Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos de Minas Gerais, além do Sistema de Monitoramento Remoto Integrado das Águas (MIRA). A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Carvalho de Melo, também esteve presente no primeiro dia do fórum. O coordenador da CCR Alto São, Altino Rodrigues, contou que apesar das conversas estarem em andamento, nada ficou definido em relação ao Encontro de Comitês de Bacias Hidrográficas da Região Sudeste. “A secretária Marília Carvalho esteve aqui conosco, junto com o também diretor do IGAM, Marcelo da Fonseca, mas não ficou nada definido. O grupo está trabalhando com muito afinco para que possamos estruturar um projeto e consigamos buscar as parcerias desejadas para essa grande discussão, principalmente porque Minas Gerais é sempre uma vitrine na gestão de recursos hídricos no país. Queremos outros parceiros para construir juntos um grande evento e levar o que são os nossos desafios para serem discutidos com o resto do Brasil no Encontro Nacional dos Comitês de Bacias Hidrográficas (ENCOB) de 2025”, explicou Altino. No último dia, os presentes discutiram um plano de trabalho para determinação de prioridades para o ano 2024. Assessoria de Comunicação do CBHSF: TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social*Texto: João Alves*Fotos: João Alves  
INICIA 1ª REUNIÃO DO COLEGIADO COORDENADOR DO FNCBH
Iniciou, em Belo Horizonte, nesta terça, 23, a 1ª Reunião do Colegiado Coordenador do FNCBH - Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas. O encontro ocorre na sede da AMM – Associação Mineira de Municípios, com previsão de encerramento para o dia 25, quinta-feira. Na parte desta manhã, a Coordenação do FNCBH tratou de alinhamentos diversos sobre as ações pretendidas para 2024 e o sobre as funções específicas dos colaboradores durante o mandato da nova gestão, liderada por Maurício Marques Scalon. Também, como de praxe nas reuniões do Colegiado, ocorreu uma reunião com o órgão gestor estadual, com a presença de Marcelo da Fonseca, diretor Geraldo do IGAM – Instituto de Gestão das Águas de Minas Gerais. Entre os principais assuntos, estiveram o apoio ao deslocamento de membros do Estado de Minas Gerais para as atividades do FNCBH e o ERCOB – Encontro Regional Comitês de Bacias Hidrográficas da Região Sudeste. Na parte da tarde, aconteceu a abertura da 1ª Reunião do Colegiado Coordenador, com as presenças de Maurício Marques Scalon, Coordenador Geral do FNCBH, Marcelo da Fonseca, Diretor Geral do IGAM, Vladimir Azevedo, Coordenador Geral da AMM, Licínio Xavier, Gestor Ambiental da AMM, Maria Cristina Bueno, Coordenadora Adjunta do FNCBH, e Hideraldo Buch, ex-coordenador do FNCBH. Após as falas de boas vindas e das considerações iniciais, foi feito um minuto de silêncio em memória aos graves danos ambientais e em solidariedade às 270 vítimas fatais do crime ambiental ocorrido no Rio Paraopeba, em Brumadinho, em 21 de janeiro de 2019. Após a abertura, deu-se início à extensa pauta da Reunião. Comparecem à Reunião representantes dos estados de Alagoas, Bahia, Espirito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins, Paraíba e Piauí. Texto e fotos – Senisi Rocha    
PRIMEIRA REUNIÃO DO COLEGIADO COORDENADOR É PREPARADA
Entre os dias 23 e 25 de janeiro, em Belo Horizonte, acontecerá a 1ª reunião Presencial do Colegiado Coordenador FNCBH – Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas. O assunto foi abordado durante a segunda reunião da Coordenação do FNCBH, que aconteceu no formato online, na noite de segunda-feira, 08. O Coordenador Geral do FNCBH, Mauricio Marques Scalon, destaca que este ano não terá o ENCOB – Encontro Nacional de Comitês de Bacias e, sim, cinco encontros regionais. Durante a reunião, os participantes pontuaram questões de logística, dinâmica da reunião, estrutura técnica, dentre outros. “A Reunião em Belo Horizonte, é exatamente para trabalharmos uma proposta que venha de encontro a este novo formato. Vamos reunir todas as regiões e cada uma vai falar o que pensa, o que entende e o que espera do Encontro Regional. No final, fechamos um formato de organização”, pontua. Durante o encontro, em Belo Horizonte, vai ter a criação de quatro comissões especializadas temáticas, que depende da aprovação do Colegiado, que são: Governança, Inclusão, Águas Subterrâneas e Mudanças Climáticas. Além das comissões, vai ser aprovado, também, o Grupo de Trabalho da Comunicação. Outro ponto importante vai ser uma apresentação do IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas, sobre o Estado de Arte da Política de Recurso Hídrico em Minas.               “A expectativa é muito boa, porque vamos realizar essa reunião na sede da AMM – Associação Mineira de Municípios. Vamos receber representantes do Brasil inteiro para discutir a gestão de recursos hídricos e planejar, acima de tudo, as ações do ano 2024”, destaca o secretário adjunto do CBH Doce – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, Senisi Rocha – Instituto Soledade.  
NOVA COORDENAÇÃO DO FNCBH SE REÚNE PELA PRIMEIRA VEZ.
A nova Coordenação do FNCBH - Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, eleita em agosto para a gestão 2024/2025, se reuniu, pela primeira vez, na noite da última terça-feira, de forma remota. Além dos membros da Coordenação, Maurício Marques Scalon (CBH Araguari/MG), Maria Cristina Bueno Coelho (CBH Santo Antônio e Santa Tereza/TO) e Aridiano Belk de Oliveira (CBH Baixo Jaguaribe/CE), participaram a Secretária Geral, Maria Isabela de Souza (CBH Grande/MG), o assessor jurídico, Sílvio de Sousa Santos (CBH Recôncavo Sul/BA), o Colaborador para Assuntos de Comunicação, Senisi de Almeida Rocha (CBH Doce/MG), e as colaboradoras da Secretaria da Região Nordeste, Maria Elza Messias Soares de Araújo (CBH Rio Coruripe/AL), e da Região Sudeste, Ana Eloisa Sorrilha (CBH Rio Itapemirim/ES). O principal assunto da pauta foi a preparação da 1ª Reunião Ordinária do Colegiado Coordenador, convocada para os dias 23, 24 e 25 de janeiro, em Belo Horizonte. Além das questões técnicas e operacionais, no encontro, refletiu-se formas de otimizar as discussões para melhor produtividade da Reunião. O grupo buscou, também, discutir sobre as primeiras ações da nova gestão, como a organização da comunicação interna e externa, a definição dos principais temas a serem tratados em GT - Grupos de Trabalhos, necessidade da revisão do Regimento Interno, decisões que precisam ser tomadas ad referedum, e, ainda, funções dos colaboradores da Secretaria. Para o Coordenador Geral do FNCBH a reunião foi muito produtiva. "Nossa intenção foi nivelar alguns propósitos para termos o maior alinhamento possível entre a Coordenação e os seus colaboradores. Temos muitos desafios ao assumir a direção do FNCBH e esse ano será muito intenso. Além dos cinco encontros regionais, que vamos buscar contribuir, pretendemos nos envolver ao máximo com as discussões sobre a gestão de recursos hídricos no país", destacou Maurício Scalon.
Nota de Falecimento - Felipe Fenício Pedro
O Fórum Nacional de Comitês de Bacia Hidrográfica – FNCBH, manifesta com muita tristeza e pesar o falecimento do Sr. Felipe Fenício Pedro, carinhosamente conhecido como “Felipão”, ocorrido no dia 22 de agosto de 2021, no domingo, na cidade de Itabira/MG. “Felipão”, grande amigo, companheiro, guerreiro, atuante na luta pelos direitos de todos os povos tradicionais e na defesa do meio ambiente e pelas nossas águas. Membro atuante do Fórum Mineiro de CBHs e também do Fórum Nacional de CBHs. Seu exemplo e memória serão guardados pelos que conviveram com “Felipão” e lembrado pelas futuras gerações. À família enlutada, nossas mais sinceras condolências pela inestimável e repentina perda.
Fortelecimento dos CBHs foi pauta da reunião entre a coordenação do FNCBH e ANA
A Coordenação do Fórum Nacional de CBHs esteve reunida no dia 12/07/2019 às 14:30 na ANA - Agência Nacional de Água, em Brasília. Participaram da reunião Hideraldo Buch, Coordenador do FNCBH - Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, Luis Carlos, Coordenador Adjunto do FNCBH, Patrice Barzan, Coordenadora Adjunta do FNCBH, Cristiane Dias, Diretora Presidente da ANA, Oscar Cordeiro, Diretor da ANA, Carlos Mota, Supervisor de Apoio ao.Sistena Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e Thiago Serrat, Chefe de Gabinete. A pauta da reunião foi o fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas e de todo sistema de gestao de recursos hídricos.